Denise Pierin: “A mulher é a força motriz que torna possível o que muitos julgam impossível”

A presidente do Conselho da Mulher Empresária da Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap Mulher), Denise Pierin, disse que “Enquanto empreendedora de seu próprio negócio, a mulher é a coragem, é a força motriz que torna possível o que muitos julgam impossível, a mulher é a realizadora de sonhos, transformadora da sociedade, que impulsiona o crescimento econômico do país”.
Ele fez a afirmação por conta do Dia Internacional da Mulher, comemorado no dia 8.
Questionada se a mulher ainda é discriminada no meio empresarial, ela diz que “quando as pessoas (…) entenderem que a mulher empresária vem para somar, para agregar valor às relações comerciais, não haverá mais motivos para discriminações”.
Na opinião de Denise, a diferença salarial (mulher ganhando menos que os homens) é algo que não deveria acontecer mais no Brasil. Mas admite que ainda será necessário novas gerações para que haja a equiparação.
Leia a seguir o que pensa Denise Pierin, que no dia 12 de janeiro assumiu a presidência da Aciap Mulher:
Qual o papel da mulher na sociedade moderna?
Enquanto matriarca, a mulher é o centro de equilíbrio do lar, é a mulher quem dá suporte para que a família tenha um norte nítido. É a mulher mãe quem transmite os valores do passado às gerações futuras.
Enquanto empreendedora de seu próprio negócio a mulher é a coragem, é a força motriz que torna possível o que muitos julgam impossível, a mulher é a realizadora de sonhos, transformadora da sociedade, que impulsiona o crescimento econômico do país.
Enquanto gestora a mulher é a parceira que permite que as coisas aconteçam de forma fluida e contínua. Firme, mas sem perder a feminilidade.
A mulher empresária sofre alguma discriminação? De quem?
Discriminar é o mesmo que préconceituar. Isso é uma característica humana, todas as pessoas discriminam ou são preconceituosas com aquilo que desconhecem ou de que tem medo.
Quando as pessoas, homens e mulheres entenderem que a mulher empresária vem para somar, para agregar valor às relações comerciais, não haverá mais motivos para discriminações.
A mulher traz um ponto de vista que é diferente do homem, não para combater ou retirar o espaço do outro, mas para ser um acréscimo nos valores, nas ideias, no posicionamento. A mulher vem somar.
Fornecedores e empregados as respeitam? Os clientes e fornecedores sentem segurança em fazer negócio com uma mulher?
Respeito é algo que se conquista. Uma mulher que permanece no seu empreendimento, só o faz porque é respeitada. Por sua família, por seus colaboradores diretos ou indiretos, por seus clientes.
Da mesma forma que acontece com o homem. Um homem que não se posiciona adequadamente, também não permanece.
As mulheres ainda tem uma remuneração inferior à dos homens embora façam o mesmo serviço. Você vê perspectiva de a médio prazo isso mudar?
Na realidade isso é algo que já não deveria mais acontecer, nem no Brasil, nem no resto do mundo. Mas sabemos que ainda é um fato, em algumas regiões bastante corriqueiro.
Acredito que tudo parte da forma como somos criadas, de como criamos nossos meninos. É triste dizer, mas creio que ainda levaremos mais algumas gerações para que esta igualdade seja um senso comum. O problema não é legal, mas sim cultural. E, a cultura tem um processo de amadurecimento mais lento.
Qual o desafio do Conselho da Mulher Empresária para que a mulher seja valorizada?
Autoestima, autoconhecimento e posicionamento perante o outro. A valorização da mulher tem que vir de dentro para fora. Tem que vir de cada mulher para o mundo. Isso não se pode impor à mulher, ela tem que SENTIR. Ensinar mulheres que não se sentem valorizadas a ver a real imagem delas, este é nosso desafio.