Dentro do coração

“Se o Meu povo, que se chama pelo Meu nome, se humilhar, e orar,  e Me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, Eu os ouvirei dos Céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra” (II Crônicas 7:14).
Um pedido quase infalível em nossas orações é: “Perdoa nossos pecados”. Por um lado é importante verificar que esse pedido faz parte de nossas orações; por outro lado, é lamentável concluir que nem sempre estamos arrependidos quando dizemos:
“Perdoa nossos pecados”. Não pode haver perdão onde não há arrependimento sincero.
Tanto nas orações públicas quanto nas particulares, precisamos ter consciência desse solene pedido. Se não temos tristeza pelas faltas que cometemos, não estamos arrependidos. Mesmo que o pedido seja expresso de maneira clara, não haverá perdão, pois não existe arrependimento. Na Guatemala, os índios conobe descrevem o arrependimento como “pensar dentro do coração”.  Pensar com o coração significa pensar com sinceridade,  sem hipocrisia. Deus lê o que está em nosso íntimo, e Seu maior prazer é ver que lá dentro há um ser desejoso de transformação, ansioso por andar nos retos caminhos do Senhor.
Quando não sentimos tristeza por causa de nossos erros, devemos pedir a Deus que opere em nós o verdadeiro arrependimento. O verso de hoje diz que, além de orar, a pessoa deve “se converter de seus maus caminhos”. O arrependimento, é, portanto, mudança de pensamento e de propósito. Essa disposição para mudar é obra do Espírito Santo, e não um simples jogo de palavras ou raciocínio.
O Espírito Santo nos convence do pecado, ou seja, leva-nos a reconhecer e lamentar a quebra de nosso relacionamento com Deus. Essa experiência é dolorosa, pois vai além do nível do intelecto e da consciência: mexe com as nossas emoções mais profundas, mexe com nosso brio, expondo nossa alma diante dAquele que tanto nos ama. A convicção do pecado conduz ao arrependimento.
O Espírito Santo também opera em nós o desejo de confessar, de maneira específica, os pecados que cometemos.
O verso de hoje fala sobre a disposição de Deus: “Perdoarei os seus pecados”. Humilhar-nos não é uma tarefa fácil, mas ela se torna possível quando atendemos aos apelos do Espírito Santo. (R.L.)