Depoimento de casal preso pode esclarecer latrocínio no Morumbi
O depoimento de um homem e uma mulher presos na noite de anteontem em Batayporã (MS) será fundamental para esclarecer o que de fato aconteceu na noite do último domingo, no Jardim Morumbi, em Paranavaí, quando Élio Gustavo Lima Marqueze, de 27 anos, foi morto com um tiro na nuca.
As informações apontam que houve um latrocínio (roubo com resultado de morte). O casal estava com a camionete da vítima. O homem preso confessou que estava dentro do carro de Marqueze, que ainda não teve o corpo localizado.
O casal foi preso na noite de anteontem (28) na cidade de Batayporã (311 km de Campo Grande – MS). Com eles foi apreendida a camionete Mitsubishi Triton que pertencia à vítima. Na tarde de ontem, policiais civis faziam a transferência do casal para o minipresídio de Paranavaí. O segundo envolvido no suposto latrocínio segue foragido.
De acordo com o delegado Luiz Carlos Mânica, chefe da 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP), o depoimento deverá acontecer na tarde de hoje. “Após ouvir os acusados será possível esclarecer o que de fato aconteceu naquela noite. Eles terão que explicar quem foi que efetuou o disparo e onde está o proprietário da camionete. Por enquanto só existem hipóteses que serão esclarecidas no depoimento”, disse Mânica.
A PRISÃO – O casal foi preso por volta das 20h de anteontem no centro de Batayporã. Uma denúncia anônima informou que na Avenida Brasil haveria um veículo roubado. Policiais militares prenderam Johnatan William Siviero, 20 anos, e sua companheira de 26 anos. O jovem teria confessado participação dele e de um amigo no crime ocorrido em Paranavaí.
De acordo com a imprensa de Batayporã, o rapaz disse que ele e seu amigo simularam interesse em comprar o veículo. No dia do crime o comparsa sentou no banco de trás e atirou duas vezes na cabeça no proprietário da camionete depois de saber onde ficava o dispositivo de segurança da ignição.
O preso confirmou que no banco traseiro havia um amigo de Marqueze que entrou em luta corporal com o assassino. O comparsa teria tentado efetuar um disparo, mas, nesta versão, a arma falhou. A testemunha teria saltado da camionete em movimento e conseguido fugir.
A história confere com a versão apresentada pelo sobrevivente. Ele contou para a polícia que Marqueze negociava a camionete desde sexta-feira (25). O valor que teria sido acertado para pagamento à vista era de R$ 85 mil.