Deputado Teruo Kato defende sistema prisional para atender toda a região

Diversas autoridades e lideranças se pronunciaram sobre a implantação de um presídio ou cadeia pública em Paranavaí. Para o deputado estadual Teruo Kato, a discussão é importante para que a comunidade chegue num consenso.
“Eu entendo que o assunto deve ser debatido e discutido porque nós é que temos que dizer para o Governo o que nós queremos”, apontou. Na sua opinião, o ideal seria um sistema prisional que atenda a necessidade da região, mas que não abra possibilidade de trazer presos de outras cidades e estados e que tenha como foco a ressocialização.
O governo do Paraná está iniciando um processo de licitação de 20 estabelecimentos penitenciários e promete criar 6.670 novas vagas. Do total, oito penitenciárias devem ser ampliadas e 12 serão construídas. Seis delas serão exclusivas para abrigar presos em regime fechado e seis para o semiaberto. As edificações devem ser entregues entre setembro de 2014 e início de 2015.
De acordo com o técnico da Secretaria de Justiça, Flávio Buckmann, o fato de Paranavaí ter ficado de fora desta lista não significa que a cidade não possa voltar a debater o assunto e reivindicar uma unidade junto ao Governo do Estado.
Segundo ele, existem pelo menos duas opções viáveis para resolver o problema prisional no município. “A sociedade é que define o que ela quer. O Estado oferece as condições e a sociedade pleiteia. Se for partir do princípio de presídio para 500 presos, teríamos um contingente maior de pessoas trabalhando, gerando renda para o município, fazendo que haja uma cadeia produtiva. Essa história de que o presídio pode atrair os familiares dos presos e gerar um bolsão de pobreza é bazófia”, disse o técnico.
Para o presidente do Fórum de Desenvolvimento de Paranavaí, Arnaldo Rech, Paranavaí precisa assumir os bônus e ônus de ser polo regional e buscar formas viáveis de resolver o problema da superlotação e da recuperação de presidiários.
“Paranavaí como polo regional tem que enfrentar os bônus e os ônus. O bônus é o progresso e o desenvolvimento econômico, enquanto o ônus é o aumento da violência. E a função da penitenciária é, além de segregar o indivíduo, buscar sua recuperação. E isso é mais fácil quando ele está próximo de seus familiares”, observou Rech.
Para o prefeito Rogério Lorenzetti, diz ser necessária uma penitenciária em Paranavaí. “Poderia ser um presídio de médio porte, mas a gente tem que ter onde levar o cidadão que está delinquindo”.
Na opinião do presidente da subseção da OAB em Paranavaí, Anderson Donizete dos Santos, o município precisa novamente encampar a campanha pela construção de uma unidade prisional.
“As condições do nosso minipresídio são precárias e da forma como está nós não conseguimos recuperar esses detentos. Também entendemos que o presídio de regime semiaberto seria de grande importância, mas nossa prioridade nesse momento é o de regime fechado”, afirmou.
Para o presidente do Conselho Comunitário de Segurança, Cláudio Miguel de Souza, o atual minipresídio tem servido de depósito de pessoas que vivem em condições degradantes, além de oferecer um grande risco a toda comunidade por estar instalado no centro da cidade.
“Temos que pensar grande. A cidade está crescendo e junto vem a violência. Precisamos trazer algo para dar condições adequadas de assistência a essas pessoas”, declarou.