Deputados querem implantar aposentadoria especial agora
CURITIBA – Apesar do visível desconforto do presidente da Assembleia Legislativa do Paraná, Valdir Rossoni (PSDB), ele não conseguiu se desviar da questão que dominou a sessão de ontem, a implantação do Fundo de Aposentadoria Especial dos deputados estaduais.
Sob pressão da imprensa, vários parlamentares acabaram por se posicionar a favor da criação do fundo, movimentando o plenário no retorno após onze dias de “recesso branco”. Depois de implantado, eles se aposentarão com um benefício mensal de até R$ 17 mil mensais, desde que tenham cumprido cinco mandatos, e contribuído por pelo menos cinco anos com o fundo.
O fundo é polêmico e permanece na gaveta desde 2008, porque estima-se que a Assembleia terá que fazer um aporte de cerca de R$ 50 milhões para colocá-lo em operação. Ou seja, será a injeção de recursos públicos em um fundo complementar privado de aposentadoria.
Apesar de confrontado com a admissão de vários deputados de que assinaram um requerimento pedindo a implantação do fundo, Rossoni disse que até agora só tem visto o assunto “pela imprensa”. O presidente reafirmou sua posição contrária à implantação do fundo.
Contrariando a declaração do presidente da Assembleia, durante a sessão vários deputados defenderam o debate em torno da implantação.
A informação é de que o requerimento já teria apoio de 30 dos 54 deputados. A começar pelo líder do governo na Casa, deputado Ademar Traiano (PSDB), que pode ser adversário de Rossoni na disputa pela presidência do Legislativo. Ele defendeu o fundo, avaliando que “chegou o momento de ter a coragem de enfrentar esse assunto”. Segundo Traiano, os eleitores acham que o deputado já é aposentado. “Tenho 28 anos de vida pública e não tenho aposentadoria complementar”, afirmou.
DA TRIBUNA – O deputado Rasca Rodrigues (PV) foi quem se encarregou de ir a tribuna fazer a defesa do Fundo de Previdência Complementar dos parlamentares. Disse que é preciso acabar com a “discriminação” que um deputado ou um vereador não pode se aposentar.
“Se você perguntar se um deputado tem que ir trabalhar a pé ou de carroça, o povo vai dizer que sim”, apontou ele, acrescentando que, independente das críticas, o Poder Legislativo tem que implantar o Fundo já aprovado.
Rasca usou como exemplo o deputado Duilio Genari (PP), o mais antigo da Assembleia. “Depois de oito mandatos, Duilio não merece mais do que o teto pago pelo INSS?”, perguntou e ele próprio respondeu: “Merece sim, ele contribui com parcela de seu salário para ter este benefício.
A sua contribuição durante todos esses anos passa longe do teto de R$ 3,5 mil pago pelo INSS”.
O deputado verde garantiu que a defesa do fundo não era em causa própria. Como funcionário público tem direito a se aposentar pela ParanáPrevidência, disse. Para os deputados, não se trata de aposentadoria, mas de um fundo complementar semelhante aos que existem em outros poderes. Mas sobre o aporte de recursos públicos pela Assembleia para capitalizar o fundo, os parlamentares são vagos, dizem não conhecer os detalhes do modelo que foi elaborado pela Casa e votado por eles próprios.
Sob pressão da imprensa, vários parlamentares acabaram por se posicionar a favor da criação do fundo, movimentando o plenário no retorno após onze dias de “recesso branco”. Depois de implantado, eles se aposentarão com um benefício mensal de até R$ 17 mil mensais, desde que tenham cumprido cinco mandatos, e contribuído por pelo menos cinco anos com o fundo.
O fundo é polêmico e permanece na gaveta desde 2008, porque estima-se que a Assembleia terá que fazer um aporte de cerca de R$ 50 milhões para colocá-lo em operação. Ou seja, será a injeção de recursos públicos em um fundo complementar privado de aposentadoria.
Apesar de confrontado com a admissão de vários deputados de que assinaram um requerimento pedindo a implantação do fundo, Rossoni disse que até agora só tem visto o assunto “pela imprensa”. O presidente reafirmou sua posição contrária à implantação do fundo.
Contrariando a declaração do presidente da Assembleia, durante a sessão vários deputados defenderam o debate em torno da implantação.
A informação é de que o requerimento já teria apoio de 30 dos 54 deputados. A começar pelo líder do governo na Casa, deputado Ademar Traiano (PSDB), que pode ser adversário de Rossoni na disputa pela presidência do Legislativo. Ele defendeu o fundo, avaliando que “chegou o momento de ter a coragem de enfrentar esse assunto”. Segundo Traiano, os eleitores acham que o deputado já é aposentado. “Tenho 28 anos de vida pública e não tenho aposentadoria complementar”, afirmou.
DA TRIBUNA – O deputado Rasca Rodrigues (PV) foi quem se encarregou de ir a tribuna fazer a defesa do Fundo de Previdência Complementar dos parlamentares. Disse que é preciso acabar com a “discriminação” que um deputado ou um vereador não pode se aposentar.
“Se você perguntar se um deputado tem que ir trabalhar a pé ou de carroça, o povo vai dizer que sim”, apontou ele, acrescentando que, independente das críticas, o Poder Legislativo tem que implantar o Fundo já aprovado.
Rasca usou como exemplo o deputado Duilio Genari (PP), o mais antigo da Assembleia. “Depois de oito mandatos, Duilio não merece mais do que o teto pago pelo INSS?”, perguntou e ele próprio respondeu: “Merece sim, ele contribui com parcela de seu salário para ter este benefício.
A sua contribuição durante todos esses anos passa longe do teto de R$ 3,5 mil pago pelo INSS”.
O deputado verde garantiu que a defesa do fundo não era em causa própria. Como funcionário público tem direito a se aposentar pela ParanáPrevidência, disse. Para os deputados, não se trata de aposentadoria, mas de um fundo complementar semelhante aos que existem em outros poderes. Mas sobre o aporte de recursos públicos pela Assembleia para capitalizar o fundo, os parlamentares são vagos, dizem não conhecer os detalhes do modelo que foi elaborado pela Casa e votado por eles próprios.