Deral detalha cenário da mandiocultura

Nos últimos quatro anos a atividade apresentou excelente resultado. Em 2013, a valorização da raiz no Paraná teve como causa a grande seca do Nordeste, apontada como a maior em mais de 50 anos, informa Vítor Inácio Davies Lago, técnico do Deral – Departamento de Economia Rural da Secretaria de Estado da Agricultura – Núcleo de Paranavaí.
Por outro lado, nos últimos meses a tendência foi de queda por conta do aumento da oferta de matéria-prima. No momento, impulsionada pela expectativa é de uma safra cheia em todos os estados produtores no Brasil.
Davies Lago, que trabalha no Deral em Loanda, analisa que não se trata de superprodução, mas o suficiente para atender ao mercado. A diferença é que não deve haver falta no Nordeste. Outro fator que contribui para a manutenção da baixa do preço nesse início do ano é o recesso de parte das indústrias de transformação. Ele entende que a indústria tem capacidade de absorver toda a produção.
NÚMEROS PARECIDOS – Ainda sobre produção, o técnico lembra que na safra 2013/2013 a área do Núcleo da Seab (28 cidades da Amunpar – Associação dos Municípios do Noroeste Paranaense) plantou 38.222 hectares, com rendimento de 24,12 toneladas por hectare. Isso corresponde a 922.142 toneladas de mandioca.
Na safra 2013/2014 foram plantados 36.077 hectares com rendimento de 23,49 toneladas por hectare, totalizando 847,478 toneladas de produção total.
A estimativa para a safra 2014/2015 é de 37.617 hectares, com rendimento médio de 24 toneladas por hectare. Isso deve representar 902,808 toneladas. De 1º a 15 de janeiro não houve variação significativa no preço, pois tem chovido regularmente nas áreas produtoras do Nordeste.