Dezesseis ainda não foram recapturados
A semana termina com 16 foragidos da Cadeia Pública de Terra Rica ainda em liberdade. Este é o saldo de duas fugas em 15 dias, sendo a última no domingo passado. Os episódios expuseram a fragilidade da cadeia, desativada para reforma na última segunda-feira.
Um policial civil confirmou ontem que nesta semana um dos detentos da primeira fuga, ocorrida dia 04 de fevereiro, foi recapturado. Estava em Guairaçá e acabou localizado na quarta-feira. Será transferido para Curitiba. Restam oito ainda em liberdade.
Já da segunda fuga, no domingo, dia 18, nenhum dos oito que ganharam a liberdade foi localizado.
Dentre eles, dois reincidentes, presos que participaram das duas ações para ganhar a liberdade. Um deles, inclusive, avisou que fugiria novamente. Tem um apelido sugestivo, que remete ao “maligno”. É considerado perigoso e teria homicídio na sua ficha policial.
A cadeia possuía uma ordem de interdição emitida pelo poder Judiciário. No entanto, funcionava de forma precária. Com isso, na primeira fuga 15 detentos conseguiram ganhar a liberdade.
Eles cavaram um túnel a partir do vaso sanitário de uma das celas. Chegaram ao pátio e escalaram um muro de cerca de dois metros e meio, ultrapassando inclusive a cerca elétrica e a proteção com arame farpado. Já na segunda fuga, os presos cavaram um buraco na parede do solário, fugindo pelo pátio.
Nos finais de semana não havia agente penitenciário na unidade prisional e o trabalho era acumulado por policial civil. No momento desta segunda fuga ele estava em trabalho na rua.
Com a desativação nessa semana, parte dos 36 detentos permaneceu na região e a maioria (27) foi transferida para unidades em Maringá. O prédio da cadeia de Terra Rica deve passar por reforma, ainda sem data para início. A cadeia foi projetada para abrigar oito presos, mas, em determinados momentos chegou a ter 55.