Dia de campo sobre integração lavoura, pecuária e floresta

Esta quinta-feira (9/8) poderá ser um dia histórico para a região Noroeste do Estado. O dia de campo programado para começar às 9h na Estação Experimental do Instituto Agronômico do Paraná (Iapar) em Xambrê, sobre o sistema de integração lavoura, pecuária e floresta, é aguardado com ansiedade por lideranças.
É a oportunidade de apresentar ao governador Beto Richa e demais autoridades os resultados de um modelo que é considerado a solução para reverter o empobrecimento econômico regional, causado pela pecuária de baixa rentabilidade.
RIQUEZAS – A iniciativa da Cocamar, do Iapar e da Emater/PR pretende fazer com que o governo de Estado direcione todas as forças possíveis para a divulgação do programa que, nas palavras do presidente da cooperativa, Luiz Lourenço, “representa um choque de produtividade e riquezas”.
Com tecnologia desenvolvida ao longo de quase duas décadas pelo Iapar, a integração possibilita que grãos, carne e madeira sejam produzidos de forma sustentável na mesma área, dinamizando a propriedade e eliminando as oscilações que levam riscos às monoculturas.
FELIZ – “Hoje temos cerca de 20 mil hectares cultivados com integração na região da Cocamar e os resultados são impressionantes”, afirma Lourenço.
“Só desiste quem não faz as coisas direito, mas quem aplica as tecnologias adequadas, segundo orientação técnica, está feliz”, acrescenta, explicando: em vez de depender de 0,7 cabeça animal por hectare/ano, para um retorno baixíssimo, o produtor pode multiplicar por dez esse número usando apenas o período de inverno.
Assim, na outra metade do ano ele pode produzir grãos, sem falar da renda adicional com eucalipto. “Isso não apenas fortalece a propriedade, mas dinamiza a economia regional”.
POTENCIAL – Lourenço observa que só na região Noroeste do Estado o potencial para se fazer integração é de cerca de 2 milhões de hectares – justamente os solos do Arenito Caiuá, onde o predomínio é de pastagens degradadas.
No Brasil inteiro, essa mesma tecnologia é defendida pela Embrapa como forma de aproveitamento de 100 milhões de hectares de pastos degradados que podem ser incorporados ao processo produtivo. (Flamma)