Dia de Natal teve temperatura de até 35,6ºC

Os últimos dias foram marcados pelo calor intenso em Paranavaí, com temperaturas acima dos 30ºC.
O dia mais quente foi anteontem, quando os termômetros atingiram 35,6ºC, à tarde. As altas temperaturas devem permanecer nos próximos dias.
Segundo o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná), a verificação é feita em condições determinadas, chamada temperatura ambiente. O termômetro é instalado em uma casinha coberta e com circulação de vento, detalha Alceu Burkot, da equipe do Iapar.
Portanto, ao ar livre a temperatura será muito mais elevada, razão pela qual termômetros apontam marcas além dos 40ºC. Burkot cita o exemplo do centro da cidade, praticamente todo coberto por asfalto. Nestas áreas o calor será maior.
Ainda de acordo com o serviço do Iapar, o segundo dia com maior calor foi verificado em 21 de dezembro, chegando aos 35,4 graus. No dia 24 de dezembro também houve calor intenso com os termômetros registrando 33,5 graus.
A previsão entre hoje e amanhã é de temperatura oscilando entre 22 e 33 graus. De acordo com o Simepar haverá pancadas de chuvas e trovoadas.
AGRICULTURA EM ALERTA – Embora ainda não haja perdas, a agricultura já está em alerta. O técnico do Departamento de Economia Rural (DERAL) Ênio Debarba, detalha que nesta época há perda excessiva de umidade do solo e, por consequência, as plantas murcham.
Com dias e noites quentes, o solo não se resfria e fica ressecado.
O cenário mais preocupante é da soja, em fase de desenvolvimento vegetativo e com menos resistência. A soja foi plantada entre outubro e novembro e está com medidas entre 8 e 20 centímetros. São 26,8 hectares na região.  
Além das altas temperaturas, as chuvas são irregulares. Muitas pancadas são demasiadamente fortes, afetando plantas e comprometendo curvas de nível, deixando a lavoura mais exposta nesta fase de desenvolvimento. Há situações de plantas soterradas, especialmente nas baixadas, relata. Curvas de nível são igualmente afetadas pelas pancadas de chuva.
Debarba complementa que ainda é cedo para falar em perdas. No entanto, a tendência é de que haja algum prejuízo, sem mexer muito na expectativa de produção. São casos pontuais de prejuízo, afetando diretamente o produtor. Além da soja também a laranja murcha e o pasto sofre muito com o calor, considerado fenômeno um pouco fora do normal.