Dificuldades econômicas têm reflexos sobre o mercado imobiliário de Paranavaí

O Brasil atravessa uma crise de gestão política que tem reflexos em diferentes setores da economia, dentre os quais está o mercado imobiliário. A avaliação do corretor de imóveis de Paranavaí Léo Bona é que os investidores estão apreensivos e, portanto, fechando menos negócios.
A visível cautela dos compradores resulta em maior oferta de imóveis. Consequentemente, os preços caem e a rentabilidade também. “Existe uma retração. Quem estava em fase de negociações não sabe se este é o momento certo para comprar ou vender”, afirmou Bona.
Também corretor de imóveis, Givanildo Gonçalves Bonfim apontou a alta nos juros e as restrições na liberação de crédito imobiliário como fatores preponderantes para as dificuldades enfrentadas pelo setor. Na avaliação dele, as pessoas estão fazendo o possível para fugir do financiamento.
Bonfim concordou com Bona em relação aos cuidados que os investidores estão tomando durante este período de incertezas. “Esperam para ver se vai estabilizar”. A expectativa é que isso aconteça a partir de 2016, com uma significativa reação da economia, inclusive no setor imobiliário.
MCMV – Apesar de a situação não ser favorável para a compra e a venda de imóveis, há um filão de mercado que se mantém constante: a comercialização através do Programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV). “Em vez de R$ 700 de aluguel ao mês, a pessoa paga R$ 400 por uma casa que é dela”, exemplificou Bona.
Segundo Bonfim, o Programa MCMV garante facilidades de financiamento que atraem os compradores e favorecem a negociação. “Muitas pessoas estão saindo do aluguel”, destacou o corretor de imóveis.
LOCAÇÃO – A facilidade para comprar a casa própria por causa do programa de financiamento do Governo Federal mexeu com a rotina de locações em Paranavaí. As parcelas mais baixas tornaram o sonho de adquirir a casa própria mais acessível para centenas de famílias, reduzindo a necessidade do aluguel.
Bonfim afirmou que antes havia grande procura e oferta suficiente. “Tínhamos mais opções para locação”. Agora, no entanto, os proprietários de imóveis têm de se adaptar. “A preferência é por valores que vão de R$ 500 a R$ 600, mesmo tendo muitos aluguéis acima de R$ 800”. É preciso saber negociar.