Diretoria do Atl. de Paranavaí tenta evitar justiça para romper contrato

Os investidores da empresa AA Sports têm até amanhã, dia 15, para definir pela continuidade do contrato de parceria com o Atlético de Paranavaí. O contrato é alvo de questionamento da diretoria por conta do não cumprimento de algumas cláusulas por parte da empresa, como manter em dia a folha salarial.
O advogado Cléber Alcino Odilon de Oliveira (OAB 52513/PR) representa o clube na negociação, ressaltando que o objetivo é evitar uma ação na justiça, cujo resultado demandaria.
Os investidores manifestaram interesse na continuidade da parceria, mas a diretoria do Vermelhinho fará exigências para manter o acordo em vigência, disse Oliveira, lembrando o atraso no pagamento salarial dos atletas e funcionários, e até falta de mantimentos para reivindicar o fim do contrato.
Salienta que o objetivo é um acordo amigável, e que a empresa foi notificada da situação. A empresa, que tem André Astorga como sócio majoritário, tem até este dia 15 para se manifestar, enviando um representante a Paranavaí.
“Se não houver acordo amigável, teremos de entrar na justiça”, frisa o advogado do Vermelhinho, esperando que a situação se resolva de forma simples, com negociação entre as partes.
O contrato firmado pela atual diretoria do Atlético de Paranavaí com a empresa de André Astorga tem validade de 10 anos e a multa, no caso de rescisão, é de R$ 2 milhões. O teor do contrato está sendo analisado pelo advogado do clube para um possível rompimento via judicial em função do não cumprimento, por parte da empresa, de algumas cláusulas.
PRESIDÊNCIA – A vigência do contrato foi o entrave para o vereador Lucas Barone não assumir a presidência da diretoria executiva do Atlético de Paranavaí. O vereador continua interessado no cargo, porém, condicionado ao rompimento do contrato de parceria com a empresa e à prestação de contas.
O grupo de apoio a Lucas Barone viabilizou os recursos para a viagem do time Sub-23 jogar em Iraty no final de semana pelo Estadual da categoria, assim como tenta viabilizar a ajuda financeira para a viagem do time para o próximo confronto.
Barone considera como delicada a situação do clube em função do contrato de parceria não estar sendo cumprido. Falou do não pagamento, em dia, da folha salarial, e à falta de manutenção do clube para atender os dois times com atividade – Sub-19 e Sub-23.
Para o vereador, o não cumprimento do contrato representa problema até para o investidor André Astorga se fazer presente em Paranavaí em função da insatisfação que ocasionou em alguma pessoas. “Ele está fazendo muito mal ao ACP e também à cidade”, disse Lucas Barone
“Esse é um período de análise, de nossa parte, estamos aguardando os acontecimentos. Não temos nada contra ninguém, nem contra o André Astorga, que tem uma história no futebol, mas não podemos deixar de fazer nada, queremos o bem do Vermelhinho”, disse Barone, reiterando a disposição de assumir o clube, mas não quer “dar um tiro no pé”. Ou seja: quer o fim do contrato e uma prestação de contas detalhada, assim como todos os contratos dos atletas.