Disputa embola, e queda assusta maioria

SÃO PAULO (Folhapress) – Uma rodada em que quase todos os times que estão na rabeira da tabela do Campeonato Brasileiro venceram embolou o miolo da classificação como nunca havia acontecido desde que a Série A por pontos corridos passou a ter 20 clubes, em 2006.
Do Atlético-MG, quinto colocado e primeiro fora do G-4 que classifica para a Libertadores (como atual campeão, o time já está na competição sul-americana em 2014), ao Vasco, o 17º e primeiro na zona do rebaixamento, a diferença é de sete pontos.
É a menor diferença entre essas posições desde 2006.
O Internacional jogaria contra o Flamengo ontem à noite, e poderia ultrapassar os mineiros e aumentar essa diferença para oito pontos, ainda assim menor do que nos outros anos.
Em 2008, por exemplo, essa diferença entre o 5º (São Paulo) e o 17º (Portuguesa) era de 19 pontos, a maior registrada no período.
A menor distância identificada anteriormente foi em 2007, uma diferença de dez pontos entre o Fluminense e o Corinthians.
Com o Cruzeiro disparado na liderança 11 pontos na frente do Grêmio, e os times que estão G-4 se consolidando (além dos mineiros e gaúchos, Botafogo e Atlético-PR), a reta final do Brasileiro deve chamar a atenção pela briga contra o rebaixamento, inclusive entre rivais estaduais, que ainda se enfrentarão.
SOBE E DESCE – No domingo, São Paulo e Corinthians se enfrentam no Morumbi em um jogo que, há algumas semanas, parecia que seria a chance corintiana de afundar o rival na crise. Mas, se vencer, o São Paulo chega aos 36 pontos, mesmo número dos corintianos, mas com vitórias a mais, 10 a 8.
Ou seja: a proximidade dos times na tabela pode fazer com que, na segunda que vem, o Corinthians esteja mais próximo da degola do que o São Paulo, que há meses sofre com a chance de queda.
Desgarrado do pelotão está o Náutico, único dos times abaixo do 15º lugar que não venceu na rodada. Com 17 pontos, nove a menos do que a Ponte Preta, 19ª, a situação dos pernambucanos é crítica.
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