Dívida de drogas pode ter motivado homicídio

Os investigadores da Polícia civil já encontraram indícios que revelam a autoria do homicídio ocorrido na noite da última segunda-feira (4) na Vila Operária em Paranavaí. A morte de Wellington Roger Silva, 23 anos, teria sido motivada por uma dívida referente ao consumo de drogas. O suspeito é um traficante que mora no mesmo bairro onde aconteceu o assassinato.
De acordo com o superintendente da 8ª Subdivisão Policial (SDP), Celso Vinicius Klososki, o pai da vítima disse que seu filho vinha sendo ameaçado de morte. Não há registro das ameaças porque elas seriam motivadas por dívidas de consumo de drogas. 
Na manhã de ontem os policiais civis foram até a casa do acusado e o mesmo não foi encontrado. Na parte da tarde outros locais estavam sendo visitados pelos investigadores com o objetivo de encontrar o apontado como assassino do jovem. Caso não seja encontrado o delegado responsável pelo caso deverá pedir a prisão preventiva.
O CRIME – O assassinato aconteceu por volta das 21h25 da noite de anteontem (4) na Rua Osnir Cesar Piscini, Jardim Renascer. Populares informaram que uma terceira pessoa levou o jovem baleado para receber cuidados médicos no Pronto Atendimento Municipal (PAM).
Testemunhas também disseram que o autor dos disparos estava em uma motocicleta vermelha na companhia do piloto do veículo. Ambos usavam capacetes fechados e escuros para dificultar o reconhecimento.
Logo após receber os primeiros socorros o baleado foi transferido para a Santa Casa de Paranavaí, mas não resistiu aos ferimentos. 
Seu corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML). A necropsia constatou três ferimentos no braço, uma perfuração embaixo das axilas (a que provocou o ferimento fatal) e um tiro de raspão na coxa. Todos os disparos atingiram o lado esquerdo da vítima.
BALANÇO – Esse foi o primeiro homicídio registrado neste ano em Paranavaí. No ano de 2015 a Polícia Civil registrou 15 homicídios. Houve também o registro de cinco latrocínios (roubo seguido de morte). O superintendente da 8ª SDP, Celso Vinicius Klososki, disse que de todas as mortes de 2015 somente uma não foi esclarecida. 
A primeira morte de 2015 aconteceu no dia 14 de fevereiro quando um homem foi encontrado morto com corte no pescoço em uma casa no Jardim Simone. No dia 22 do mesmo mês uma mulher foi assassinada durante um roubo em um pesqueiro. 
Em março houve o registro de outras sete mortes. Desse total duas foram por latrocínio, uma segunda vítima do roubo do pesqueiro e um jovem durante assalto em uma lanchonete.
No mês de maio houve o registro do caso de maior repercussão no meio policial de Paranavaí durante todo o ano. Um casal foi encontrado morto em um quarto de motel. Meses depois o caso foi resolvido e um exame comprovou a autoria do assassinato. Um homem preso na Penitenciária de Maringá foi apontado como autor do latrocínio.
Em setembro a polícia voltou a registrar um homicídio nas casas populares recém-inauguradas no Jardim São Jorge. Um jovem com várias passagens policiais foi morto durante um churrasco.
No mês de outubro uma mulher foi encontrada morta no quintal de sua residência. O autor do crime tentou enganar a polícia simulando um suicídio. Porém, deixou marcas de estrangulamento no pescoço da vítima que era sua companheira.
O mês de novembro teve o registro de três mortes e é justamente um desses crimes que não foi solucionado. A vítima foi baleada dentro de casa e teve seus órgãos doados. De acordo com o superintendente da 8ª SDP, o autor desse crime pode ter sido um homem assassinado dias depois.
As últimas três mortes violentas registradas em 2015 na cidade de Paranavaí aconteceram no mês de dezembro. O último homicídio envolveu um homem de 80 anos que morreu ao tirar satisfação por causa de volume de som, que estaria muito alto.