Dois PMs acusados de envolvimento em roubos a residências e cargas
CURITIBA – Em operação desencadeada ontem pela Corregedoria-Geral da Polícia Militar do Paraná, com apoio do Grupo de Atuação e Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público e do Juizado de Colombo, foram cumpridos 28 mandados judiciais em Curitiba e Região Metropolitana.
A operação foi nominada de Dimitrius. Foram 16 mandados de busca e apreensão, dez de prisão e duas conduções coercitivas.
A ação, que ocorreu desde as primeiras horas do dia, visou desmantelar uma organização criminosa suspeita de envolvimento em roubos a residências de luxo e cargas, receptação e homicídios qualificados no Paraná e em Santa Catarina.
Dois policiais militares e outras seis pessoas, sendo uma mulher, foram encaminhados ao Gaeco. Um dos mandados de prisão foi cumprido em Santa Catarina.
COMPROMISSO SOCIAL – “A própria corporação lança mão de todos os recursos disponíveis para sanear os seus quadros, buscando o absoluto respeito aos ditames constitucionais, humanitários e de compromisso social com o povo paranaense”, disse o comandante-geral da PM, coronel Maurício Tortato.
A investigação da Corregedoria-Geral da PM iniciou-se há três meses com o levantamento de informações sobre a atuação dos envolvidos em crimes. Em março deste ano, a denúncia feita por uma das vítimas do grupo alavancou os trabalhos e auxiliou na identificação dos possíveis integrantes da organização.
Após a compilação dos documentos necessários e para que fosse possível deflagrar a operação, a Corregedoria da PM solicitou, ao Poder Judiciário, a emissão dos mandados judiciais e foi atendida prontamente.
ROUBOS E FURTOS – Segundo informações da Corregedoria, o grupo atuava em Curitiba e Santa Catarina, com roubos e furtos a residências, empresas e cargas de alto valor e praticava receptação de materiais. Além disso, há a suspeita de envolvimento da organização no roubo a um carro forte na Rodovia do Xisto no fim de maio deste ano, na cidade de Contenda.
DIMITRIUS – O nome da operação foi inspirado no modus operandi do Navio Dimitrius que atuava no transporte de materiais ilícitos entre a Turquia e Itália (assemelhando-se à atividade do grupo entre Paraná e Santa Catarina) e tinha o envolvimento de autoridades portuárias das nações em questão.