Duplicação até Taquarussu transformará a BR-376 na “Rodovia do Agronegócio”
Presidente do Sindicato Rural de Paranavaí, que integra o movimento pela duplicação da BR-376, entre Paranavaí e Taquarussu (MS), o agroindustrial Ivo Pierin Júnior diz que com as obras a estrada será chamada no futuro como “Rodovia do Agronegócio”.
“A duplicação vai facilitar o escoamento da produção agrícola do dois estados. Hoje, parte da produção de soja e milho do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul movimenta esta rodovia, em direção ao Porto de Paranaguá. Com a duplicação a intenção é aumentar mais ainda o movimento, promovendo o desenvolvimento da região”, explica Pierin.
Motoristas ouvidos dizem que a duplicação vai baixar o custo e o tempo de transporte. “Seria bem melhor”, diz um deles. “Esta é uma rota mais leve para o caminhão rodar, faz economia”, acrescenta outro.
De acordo com o projeto preliminar de duplicação da rodovia, realizado pela Universidade Estadual do Paraná (Campus de Paranavaí), atualmente circulam por este trecho da BR-376 cerca de 1.500 caminhões por dia. “Temos condições de chegar a 5.000 caminhões, triplicando o movimento”, avalia Pierin.
Isto porque, aponta o estudo da Unespar, a duplicação vai encurtar em 168 quilômetros a distância entre o setor produtivo da região de Dourados e Maringá, onde tem um porto seco, através do qual foi embarcado no ano passado 13,5 milhões de toneladas.
O projeto, que na prática estima a extensão da duplicação que vem sendo executada entre Nova Esperança e Paranavaí, prevê a duplicação em mais 95 quilômetros e uma ponte em Porto São José. O estudo feito pela Unespar/Paranavaí avalia que serão necessários R$ 850 milhões em investimento para tornar o projeto em realidade.
PRESSA – Pierin Júnior lembra que para a execução da obra serão necessários superar alguns desafios burocráticos. Um deles é que ao longo do tempo, trechos da BR-376 foram estadualizados para que o Governo do Estado pudesse fazer sua manutenção. “Agora estes trechos têm que voltar para a Federação”, explica o presidente do Sindicato Rural.
Ele explica, ainda, que há certa urgência para a produção dos projetos necessários à execução da obra, pois é preciso que o governo coloque este trecho da rodovia no plano de concessões. “Esse projeto tem que ser feito pela iniciativa privada, talvez através de uma parceria público-privada (PPP)”, antecipa.