Duplicação entre Apucarana e Ponta Grossa, deixará de fora 90 quilômetros

CURITIBA – Pelo menos 90 quilômetros da BR-376, entre Apucarana e Ponta Grossa, não estão incluídos no projeto de duplicação da Rodovia do Café e vão permanecer com pista simples.
A informação oficial, segundo o deputado Tercílio Turini (PPS), lhe foi repassada pelo Governo do Estado, em resposta a pedido de informações que apresentou na Assembleia Legislativa do Paraná.
“É um absurdo. São 20 anos de cobrança de pedágio, uma das tarifas mais caras do País. A receita da concessionária (CCR Rodonorte) chega a R$ 7 bilhões no período, isso pelos dados do governo. O Programa de Exploração Rodoviária estabelecia a duplicação completa da BR-376, a principal ligação entre o Norte e outras regiões do estado a Curitiba, litoral e Porto de Paranaguá. Os paranaenses não podem aceitar mais um prejuízo nesses contratos de pedágio”, destaca o deputado.
Turini chama atenção para a resposta ao questionamento feito sobre as perspectivas de conclusão da obra completa: “Em relação aos segmentos em pista simples, não há previsão de incluí-los no Programa de Concessão que se encerra em 2021, na etapa Duplicação. Tal inclusão requer o aporte de mais investimento do que está previsto no Programa vigente (Lote 5), sendo que o impacto deste montante, demandaria incremento da tarifa de pedágio ou prorrogação do Contrato de Concessão”, diz o documento.
O governo informa que, dos 244,2 quilômetros entre Apucarana e Ponta Grossa, devem ser duplicados 154,2. Até agora, foram concluídos 32,9 quilômetros.
Outros 54,9 estão em execução, com perspectiva de conclusão em 2019, e mais 66,4 quilômetros têm previsão de início em 2018 e término no ano que vem. “São informações oficiais e tomara que os prazos sejam cumpridos, embora tenha dúvidas se haverá tempo hábil”, afirma o deputado.
Para o deputado, a retirada de 90 quilômetros do projeto de duplicação da BR-376 é mais um motivo para a sociedade organizada e todos os paranaenses rejeitarem qualquer iniciativa de prorrogação ou renovação das atuais concessões de rodovias.
“Os contratos são benéficos apenas para as concessionárias. O Paraná precisa de nova licitação, com tarifas bem mais baratas e efetiva execução das obras”, defende.