Duzentos milhões em ação…
A Copa do Mundo mobiliza brasileiros de todas as cidades e idades. E hoje é dia de torcer pela Seleção Brasileira, já que futebol não é apenas um jogo; é o nosso esporte. Atualizando a letra consagrada no “Tri” da Copa de 70, somos 207,7 milhões em ação na busca pelo Hexa. Brasil x Suíça, na Rússia, jogam a partir das 15 horas.
Para saber como anda o humor do paranavaiense em relação à Copa, o Diário do Noroeste foi às ruas centrais e colheu algumas opiniões. No geral, o “clima de copa” chegou finalmente, depois de uma relativa indiferença, pouco comum quando se trata de futebol e brasileiro.
Enfim, este domingo é dia de tirar a bandeira do armário, se armar com buzinas, chapéus e camisetas, torcer para o nosso esporte. Sem culpa, já que as dificuldades econômicas e políticas não são suavizadas ou agravadas pelo êxito ou fracasso esportivo. Pois sim, sabendo que é um jogo, merecido lazer do povo brasileiro.
A OPINIÃO DO TORCEDOR – Vinício Alves da Costa, 21 anos, é comerciário e não muito ligado em futebol. Mas, quando o assunto é Seleção e Copa, se anima. Acredita no time e vai assistir a estreia hoje à tarde. Há quatro anos no comércio, Vinício avalia que o bom desempenho do Brasil reflete também nas vendas.
CALMO – Menos otimista, o orientador de trânsito Alessandro Montanha, 45 anos, afirma que vai assistir a partida, se não dormir. Flamenguista não praticante, diz que não se importa com futebol e lamenta que exista “uma máfia” no esporte. Em outras palavras, deve torcer para ganhar, mas não vai lamentar qualquer que seja o resultado.
ENTUSIASMO – Motorista, 28 anos, John Carneiro da Silva está mais empenhado em relação à Copa. Tanto que ontem no começo da manhã estava na banca de revistas em companhia do filho Dereck, 8 anos, comprando figurinhas para completar o álbum do garoto. Corintiano, morador no Jardim Ouro Branco, o torcedor quer acompanhar o jogo em uma lanchonete ou conveniência, lugar mais animado. Arriscar um placar: 3×1.
Também animado está o pequeno Dereck. Fã de Cristiano Ronaldo, cita Neymar como o melhor da Seleção Brasileira. Dereck é também otimista e arrisca que o Brasil vai ganhar de 4×0.
VAI BRASIL – A gerente de loja Andressa Franciele Denadai Longhini, 33 anos, fez uma pequena pausa no trabalho ontem pela manhã e foi comprar alguns apetrechos para acompanhar a partida com a família. “Armada” com uma corneta, se revelou otimista com o desempenho do Brasil. Também opina que o bom astral da Copa tem reflexos positivos no comércio. O seu placar: 3×1.
NA FESTA – Welington Tafarel Ramos 29 anos, é comerciário. Sua relação com o futebol vem antes do nascimento. Isso porque, ainda na barriga da mãe, recebeu o nome Tafarel em homenagem ao goleiro então na Seleção Olímpica, que viria a ser campeão mundial em 1994.
Flamenguista e na liderança do Brasileirão, ele vai acompanhar a partida na festa da Igreja em Santo Antônio do Caiuá. Aliás, informa que vai ter um telão para que todos os participantes possam torcer pela Seleção. Embora animado, adverte que a Suíça tem um bom time. Por isso, aponta resultado final de 2×2.
ESPERANÇA – Selma Fidelis tem 31 anos e trabalha numa loja de variedades, o que inclui muitos apetrechos para quem pretende vibrar com a Seleção Brasileira. Ela confirma que o movimento cresceu nos últimos dias, especialmente após a abertura da Copa, na última quinta-feira.
Sobre o jogo, pretende assistir em casa com a família e vai torcer muito pelo Brasil. “Brasileiro nunca perde a esperança”, sintetiza Selma, o que em certa medida reflete a opinião da maioria dos torcedores, ainda desconfiados por causa da última Copa. Aposta que o Brasil ganha de 3×1, o placar mais citado pelos torcedores.