“É uma situação alarmante”, diz assessor da Vigilância sobre números da dengue

A Vigilância em Saúde de Paranavaí está em alerta para uma situação preocupante na cidade. Em apenas 15 dias, o número de notificações de casos suspeitos de dengue dobrou.
“Temos divulgado semanalmente um boletim com os números da dengue, do zika vírus e da chikungunya em Paranavaí. No dia 5 de fevereiro tínhamos 62 notificações de casos suspeitos. Em apenas 15 dias, este número subiu para 120 notificações. É uma situação realmente alarmante”, afirmou o assessor da Vigilância em Saúde, Randal Fadel Filho.
“Desde novembro do ano passado temos falado sobre os riscos de uma nova epidemia na cidade. É nítido que a circulação viral está aumentando e precisamos nos mobilizar e redobrar os cuidados agora, neste período de intenso calor e chuvas constantes”, frisa Randal Fadel Filho.
Outro número preocupante é o de casos confirmados de dengue. Em 2018, Paranavaí terminou o ano com 37 casos positivos. Este ano, já são 15 casos confirmados em apenas 50 dias.
“Esses números comprovam o que estamos falando há meses: se não houver um comprometimento maior da população, o risco de uma epidemia é grande. Nossas equipes têm feito um trabalho rigoroso de bloqueio nas áreas com maior índice de infestação para que possamos diminuir essa quantidade de larvas, mas a situação é de total alerta. Toda a comunidade precisa fazer sua parte e entrar nessa luta”, frisa Randal.
CUIDADOS – A Secretaria de Estado da Saúde vem insistindo bastante na conscientização da população, para que atue na eliminação de criadouros do mosquito Aedes egypti, transmissor da dengue. 
Eles se reproduzem em todo tipo de água parada, em pratos de plantas, lixo abandonado em terrenos baldios, garrafas, bebedouros de animais ou objetos abandonados em quintais.
A proliferação do mosquito transmissor aumenta muito no verão. Os casos mais graves da doença costumam ocorrer em determinados grupos de risco, composto por idosos, gestantes, lactentes menores (29 dias a 6 meses de vida), dependentes químicos e pessoas com algum tipo de doença crônica pré-existente, como hipertensão arterial, diabetes mellitus, anemia falciforme, doença renal crônica, entre outras.
A orientação é que todos busquem atendimento de saúde tão logo apresentem os primeiros sintomas. O diagnóstico precoce e o tratamento em tempo oportuno reduzem significativamente as chances de agravamento do caso.
Os sintomas são febre acompanhada de dor de cabeça, dor articular, dor muscular e dor atrás dos olhos ou mal-estar geral. Esses sinais não podem ser desprezados.
O verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. 
E quem viaja deve redobrar os cuidados para evitar o avanço da doença, tanto no seu imóvel, que ficará desabitado, como na casa eventualmente alugada para a temporada.

Primeiro caso autóctone de 
dengue é confirmado na RMC
O boletim epidemiológico da dengue divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde aponta o primeiro caso autóctone de dengue – contraído na própria cidade – na Região Metropolitana de Curitiba. 
O caso foi registrado no município de São José dos Pinhais. O boletim mostra também que a doença está se espalhando pelo Estado.
A secretaria alerta que toda a população deve colaborar para combater os criadouros. No Paraná, já são 346 casos autóctones de dengue, registrados em 63 municípios. Entretanto, há notificações ainda em investigação, em 275 dos 399 municípios paranaenses. Há uma semana eram 268 municípios com casos suspeitos.