Educadores mantêm greve em escolas estaduais do Paraná

Professores e funcionários de escolas estaduais do Paraná estão em greve. O protesto teve início na quarta-feira (15), quando contou com adesão de 80% dos profissionais, segundo informações da APP-Sindicato. Ontem, segundo dia de paralisação, a média era de 50%.
Diretor da entidade sindical, Nivaldo Rocha explicou que os educadores têm duas motivações para a greve. A primeira é a Reforma da Previdência, uma proposta do presidente Michel Temer que amplia o tempo de contribuição e aumenta a idade mínima para a aposentadoria.
A segunda pauta dos grevistas tem cunho estadual. A categoria é contra a redução das horas-atividades determinada pelo governador Beto Richa. Antes, eram 13 horas destinadas às salas de aula e sete para a preparação. A partir deste ano, foram adotadas, respectivamente, 15 e cinco horas.
Rocha afirmou que as mudanças estipuladas pelo Governo do Estado ferem a legislação e comprometem os trabalhos dos professores. Levando isso em conta, a categoria voltará a se reunir em assembleia no próximo sábado, em Curitiba, para definir se a greve será ou não mantida.
A orientação da APP-Sindicato é que pais, mães ou responsáveis não enviem os filhos para as escolas estaduais, porque existe a possibilidade de que os professores não estejam em sala de aula. “A recomendação é para evitar problemas”, disse Rocha.
Por outro lado, o Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí aconselhou os estudantes a comparecerem às escolas para que o cumprimento do ano letivo não seja prejudicado.
Na manhã de ontem, de acordo com o NRE, três escolas da região não tiveram atividades, 22 funcionaram parcialmente e em 21 estabelecimentos de ensino as aulas foram ministradas normalmente. Especificamente em Paranavaí, uma não teve atividades durante a manhã, 10 funcionaram parcialmente e duas tiveram aulas normalmente.