Efeitos das queimadas na região amazônica foram de baixa intensidade no céu do Paraná
REINALDO SILVA
reinaldo@diariodonoroeste.com.br
O Brasil está mais cinza com as queimadas que devastam a floresta amazônica há dias. O fogo se alastra pelo território nacional e invade países vizinhos e a fumaça provocada pelas chamas formou um corredor por grande parte da América do Sul, chegando inclusive ao Paraná.
O meteorologista Reinaldo Kneib, do Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), afirmou que a fumaça e a fuligem trazidas ao céu paranaense pelos ventos na última segunda-feira (19) foram de baixa concentração. Foi diferente do que aconteceu em São Paulo, onde o encontro desses resíduos com uma frente fria resultou em nuvens escuras por toda a cidade.
Kneib explicou que o deslocamento do ar ocorre de maneira cíclica. Na segunda-feira, os ventos seguiram do Norte e passaram pelo Centro-Oeste do Brasil em direção ao Sul. Ontem, os rumos indicavam estados do Sudeste. Hoje, Nordeste.
A partir de amanhã, a tendência é que os ventos retornem em direção ao Paraná. Se até lá as queimadas na região amazônica se mantiverem intensas, existe a possibilidade de que o corredor de fumaça e fuligem volte a se formar e alcance, novamente, as áreas mais ao norte do estado.
Na manhã de ontem, sem resquícios do problema com os incêndios, o fotógrafo Fabiano Vaz Fracarolli registrou o céu de Paranavaí. As temperaturas variaram de 16 a 31 graus. Nesta quarta-feira, a previsão é de céu com poucas nuvens e termômetros marcando mínima de 17 e máxima de 32 graus.