Eleitor de baixa escolaridade vai decidir a eleição em Paranavaí

Os problemas da saúde – falta de médicos, instalações hospitalares desconfortáveis, falta de remédios, desatenção do poder público, etc – têm sido o foco principal nas recentes discussões eleitorais.
Os candidatos a prefeito e vereadores têm dedicado o seu maior tempo, na atual campanha eleitoral, pelo rádio e televisão, a discutir sobre saúde pública, tanto em outras cidades como em Paranavaí e municípios adjacentes. Deixam educação e emprego de lado, quando entra em discussão a saúde.
E isso não é por nada. Todos têm pesquisas em mãos sobre a avaliação que a população faz da saúde pública brasileira e, o que mais interessa, local e regional. E não é boa.
A avaliação é feita pela maioria da população, já que o perfil dessa população indica que ela é carente e frequenta com certa insistência os hospitais públicos e os postos de saúde.
Basta correr os olhos sobre as estatísticas divulgadas pelo Tribunal Superior Eleitoral sobre o perfil escolar do eleitor brasileiro para perceber.
E qual é o perfil eleitoral do eleitor paranavaiense?
Os dados indicam que predominam as mulheres (assunto de reportagem em edições anteriores), mas quanto à escolaridade, a maioria é de analfabetos, com ensino fundamental incompleto ou ensino médio incompleto. É o tipo de eleitor susceptível a influência daqueles que “são formadores de opinião”, por terem curso superior (apenas 4,685%), embora seja a maioria (33,438% com fundamental incompleto, 3,290% analfabetos, 7,329 com fundamental completo, 22,665% com médio incompleto).