“Eles serão adultos de sucesso”, diz vice-prefeita em evento sobre crianças

Crianças, adolescentes e representantes dos órgãos de proteção de Paranavaí se reuniram nesta semana para debater a “Proteção integral, diversidade e enfrentamento das violências” durante a VIII Conferência Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. O evento, realizado no anfiteatro da Unipar, foi coordenado pelo Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA).
A vice-prefeita, Jeanne Kato, disse que “é emocionante ver um espaço tão cheio de crianças e adolescentes aqui, para discutir e cobrar a garantia dos seus direitos. Isso é fruto de todo um trabalho que vem sendo feito pela Assistência Social, pela Rede de Proteção, buscando colocar as coisas novamente no seu devido lugar. E para que isso aconteça são dedicados muitos esforços e muito amor”.
Ela ainda disse: “Quando vemos adolescentes aqui, se apresentando com tanta seriedade, concentração e disciplina, temos a certeza de que eles serão adultos de sucesso. São crianças e adolescentes que estão aqui empenhados em fazer alguma coisa que vai refletir nas gerações futuras. E isso é muito louvável”.
A secretária de Assistência Social, Tasiane Cristina de Souza, participou da abertura do evento e destacou: “É muito gratificante assistir aos adolescentes se apresentando, mostrando suas habilidades e potenciais. É em momentos como estes que vemos que Paranavaí está no caminho certo, dando prioridade para nossas crianças e adolescentes”.
Para Tasiane Cristina de Souza, os resultados da Conferência irão nortear a implementação de políticas públicas efetivas, que atendam às necessidades das crianças e adolescentes, “renovando o pacto entre o Estado e a sociedade para a consolidação de um Brasil justo, democrático e plural. Espero que, juntos com a rede de proteção do município, possamos refletir, debater, dialogar, buscando sempre por um mundo melhor, com menos violações, mais democracia e mais igualdade”.
Na avaliação da secretária de Educação, Adélia Paixão, “esta Conferência não está sendo feita para as crianças e adolescentes, mas com eles. Este formato, de um evento totalmente participativo, de um espaço de diálogo e debates, é reflexo da educação democrática no município. É uma educação que abre para o envolvimento, humanizada, que sabe ouvir a voz das crianças e dos adolescentes”.
Para a secretária, a Conferência traz esta integração “que é fundamental para que possamos melhorar os processos e construir uma política pública municipal voltada realmente para as crianças e os adolescentes, pensando junto com eles”.
AVALIAÇÃO DAS LIDERANÇAS – Para a juíza da Vara da Infância e Juventude, Eveline Soares dos Santos Marra, discutir a garantia dos direitos e deveres das crianças e adolescentes não é mais somente um tema, mas o tema central e primordial para a sociedade. Lembrou dos 30 anos da Constituição Federal, e dos 20 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente e que ainda assim há muito a ser discutido e melhorado.
“Considero que não é possível discutir este tema sem antes entender quem é essa criança, esse adolescente, de ele veio, o que ele já vivenciou na vida, qual o contexto social e cultural onde ele vive, qual sua estrutura familiar, se ele já violou ou já teve seus direitos violados. A criança e o adolescente são os sujeitos a quem devem ser dirigidas a proteção integral e prioritária das políticas públicas. É um tema delicado, complexo e muito amplo, mas vemos que aqui, durante a Conferência, estes assuntos serão tratados com muita sabedoria, muito zelo e muito conhecimento de causa, de quem está na rede de proteção e de quem vivencia tudo isso, que são as próprias crianças e adolescentes”.
Quem também participou da abertura da Conferência foi o chefe do Núcleo Regional de Educação, Pedro Baraldi. “Este evento vem de encontro ao trabalho e aos anseios que também são preocupações do Núcleo Regional de Educação, principalmente em temas como o enfrentamento à violência nas escolas. Só no nosso Núcleo, temos 22 mil alunos matriculados. Destes, pelo menos 8 mil estão iniciando a fase do Ensino Fundamental do 6º ao 9º ano. Dos que começam, cerca de 15% não terminam os estudos, ou tem evasão e repetência. Por isso o governo precisa participar destes debates para buscar meios de tornar a escola mais atrativa. Para isso, precisamos ouvir os nossos adolescentes, para saber o que eles esperam, o que podemos fazer para melhorar”. (com ass. da Pref.)