Em discussão viabilidade da implantação da pesca esportiva no Rio Paraná

Aconteceu no sábado (01) durante a VI Mostra Científica promovida pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura – Nupélia, a primeira Mesa Redonda de discussão sobre a implantação da Pesca Esportiva no Rio Paraná e afluentes.
Na oportunidade estiveram presentes representantes do Poder Público Municipal de São Pedro do Paraná, município lindeiro ao Rio Paraná, dos pescadores amadores, na figura de um empreendimento privado da região a Marina Douradão, pesquisadores da própria Universidade e representante do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), compondo a mesa. O evento contou também com a presença de pessoas de toda a região.
A Mesa Redonda, que foi intitulada “A sobrevivência do Rio Paraná e a Pesca Esportiva” e teve como objetivo sanar dúvidas e conversar sobre o assunto. Os participantes expuseram seus pontos de vista sobre a Pesca Esportiva para em seguida responderem as perguntas.
O debate norteado pelo Consórcio Intermunicipal da Apa Federal do Noroeste do Paraná (COMAFEN) girou em torno dos benefícios que a pesca esportiva pode trazer para a região. Outro tema discutido pelos presentes foi o impacto negativo gerado pelas Usinas Hidrelétricas no Rio Paraná e afluentes, que ocasionam a falta de um regime de cheias de acordo com a necessidade do ecossistema.
Para os presentes, ficou claro que a pesca esportiva é uma ação de proteção paliativa que traria benefícios ao Rio, não apenas preservacionistas, mas também econômicos no caráter do desenvolvimento turístico da Região, já que de acordo com a Associação Nacional de Ecologia e Pesca Esportiva, a ANEPE, em 2013 o mercado da pesca esportiva gerou mais de 200 mil empregos diretos e indiretos, movimentando mais de R$ 1 bilhão no Brasil.
Como resultado da Mesa Redonda e da Mostra Científica foi gerada uma Moção que será enviada aos órgãos competentes solicitando que seja discutido com urgência, tanto o tema da implantação da pesca esportiva quanto a viabilidade de liberação de água pelos reservatórios das hidrelétricas a fim de garantir um regime de cheias suficientemente intenso, com duração adequada e na época apropriada para reprodução e recrutamento dos peixes da bacia.