Em evento com a participação da Cocamar, governo paulista divulga o Programa Integra SP
Num evento organizado pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste) que reuniu os principais especialistas do assunto no País e contou com a presença da secretária de Agricultura e do Abastecimento (Seab) do Estado de São Paulo, Monika Bergamaschi, o presidente da Cocamar fez uma apresentação a cerca de 500 convidados sobre o trabalho realizado desde meados da década de 1990 pela cooperativa na região Noroeste do Paraná, onde o solo é arenoso.
RESULTADOS – Segundo Lourenço, o Paraná tem condições de agregar mais de 2 milhões de hectares de áreas – hoje ocupadas por pastagens degradadas – ao processo produtivo.
“Os resultados têm sido excelentes. Na última safra de soja, um produtor de Umuarama, em pleno arenito, alcançou produtividade melhor que os agricultores da região de Maringá”, frisou. Ele disse também que há tecnologia pronta e uma equipe bem preparada na cooperativa para orientar os produtores.
REVOLUÇÃO VERDE – Para o pesquisador da Embrapa, João Klutcouski, a integração mostra que o Brasil “pode ser o cenário de uma segunda revolução verde”. De acordo com ele, o país possui cerca de 100 milhões de hectares de pastos degradados que podem ser aproveitados na exploração desse sistema.
Klutcouski, mais conhecido como João “K”, disse ter ficado entusiasmado, há alguns anos, quando conheceu a Fazenda Ybyetê-Porã. “Os resultados obtidos pela propriedade mostram que o solo arenoso do oeste paulista, ao contrário do que muitos pensam, pode também produzir soja e ter uma pecuária moderna”.
Com 259 alqueires, a Fazenda pertence ao agrônomo Ednaldo Mathias e mantém há mais de dez anos lavoura de soja altamente produtiva e também pecuária no verão, mantendo somente pecuária no inverno, distribuída em sistema de piquetes. “Não há mais espaço para o produtor que não seja profissional”, ressaltou Mathias.
POTENCIAL – Segundo a secretária Monika Bergamaschi, o Estado de São Paulo possui mais de 7 milhões de hectares de solos arenosos, dos quais 80% destinados a pastagens de baixo retorno econômico. Para fomentar o seu aproveitamento com a integração, o governo paulista instituiu o Programa “Integra SP” que prevê a destinação de recursos a custos subsidiados com prazo de pagamento de até 12 anos. (Flamma)