Em três anos, 500 mil crianças deixaram de trabalhar no Brasil
BRASÍLIA – O número de crianças que trabalham em todo o mundo caiu um terço desde 2000. O Brasil teve um progresso significativo na redução do trabalho infantil. Dados do estudo Medir o Progresso na Luta contra o Trabalho Infantil: Estimativas e Tendências, divulgado pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) mostram que aproximadamente 500 mil crianças deixaram de trabalhar em três anos. Os postos de trabalho caíram de 2,1 milhões para 1,6 milhão entre 2008 e 2011.
De acordo com dados do Censo 2010, divulgados em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tinha 3,4 milhões de crianças de 10 a 17 anos trabalhando. O número, segundo o IBGE, representava 3,9% da população ocupada em 2010. Em 2000, a porcentagem de crianças trabalhando representava 6% da população ocupada.
Os dados da OIT, lançados às vésperas da conferência global sobre o trabalho infantil que ocorre no próximo mês em Brasília, ainda mostram que em 2000, no mundo eram 246 milhões de postos de trabalho infantil em 2000. Estes postos foram reduzidos para 168 milhões nos últimos 12 anos. O número de crianças que trabalham em áreas consideradas perigosas para a saúde, segurança ou o desenvolvimento moral caiu pela metade em quatro anos.
“Estamos nos movendo na direção correta, mas os progressos ainda são muito lentos. Se realmente queremos acabar com o flagelo do trabalho infantil no futuro próximo então é necessário intensificar os esforços em todos os níveis. Existem 168 milhões de boas razões para fazê-lo”, ponderou o diretor geral da OIT, Guy Ryder.
Várias ações têm impulsionado o progresso na luta contra o trabalho infantil nos últimos anos. Segundo o relatório, decisões políticas, investimentos em educação e proteção social são importantes na redução do trabalho de crianças. Outras ações incluem o compromisso político dos governos, o crescente número de ratificações das Convenções sobre trabalho infantil da OIT, as decisões políticas acertadas e os marcos legislativos sólidos.
O deputado estadual Ênio Verri (PT) destaca os programas como ações que vem sendo realizados pelo governo federal e que beneficiam a redução do trabalho infantil. “O Bolsa Família tem um papel gigantesco em distribuição de renda e de inclusão das pessoas na sociedade em especial essas daí [as crianças]. O outro que é fundamental é a política de ampliação da renda interna através do aumento real salário mínimo. Isso aumentou muito o consumo da população consequentemente aumentou a geração de novos empregos e com isso o salário médio brasileiro subiu muito, dando mais qualidade de vida às pessoas evitando então que as pessoas tivessem que ir tão cedo ao mundo do trabalho”, enfatiza.
CONCLUSÕES – Segundo o relatório, o maior número de crianças trabalhando (aproximadamente 78 milhões) está nas regiões da Ásia e do Pacífico, no entanto na África subsaariana segue sendo a região com a mais alta incidência (21%) de trabalho infantil. O relatório conclui também que as taxas mais elevadas estão nos países mais pobres.
Desde 2000, o trabalho infantil de meninas reduziu 40%. Já o de meninos 25%. E é a agricultura o setor onde há mais crianças trabalhando (59% do total ou 98 milhões). Porém os setores de serviços (54 milhões) e indústria (12 milhões) não podem ser desdenhados, aponta o relatório. (Da Agência Notícias PR)
De acordo com dados do Censo 2010, divulgados em 2012 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o Brasil tinha 3,4 milhões de crianças de 10 a 17 anos trabalhando. O número, segundo o IBGE, representava 3,9% da população ocupada em 2010. Em 2000, a porcentagem de crianças trabalhando representava 6% da população ocupada.
Os dados da OIT, lançados às vésperas da conferência global sobre o trabalho infantil que ocorre no próximo mês em Brasília, ainda mostram que em 2000, no mundo eram 246 milhões de postos de trabalho infantil em 2000. Estes postos foram reduzidos para 168 milhões nos últimos 12 anos. O número de crianças que trabalham em áreas consideradas perigosas para a saúde, segurança ou o desenvolvimento moral caiu pela metade em quatro anos.
“Estamos nos movendo na direção correta, mas os progressos ainda são muito lentos. Se realmente queremos acabar com o flagelo do trabalho infantil no futuro próximo então é necessário intensificar os esforços em todos os níveis. Existem 168 milhões de boas razões para fazê-lo”, ponderou o diretor geral da OIT, Guy Ryder.
Várias ações têm impulsionado o progresso na luta contra o trabalho infantil nos últimos anos. Segundo o relatório, decisões políticas, investimentos em educação e proteção social são importantes na redução do trabalho de crianças. Outras ações incluem o compromisso político dos governos, o crescente número de ratificações das Convenções sobre trabalho infantil da OIT, as decisões políticas acertadas e os marcos legislativos sólidos.
O deputado estadual Ênio Verri (PT) destaca os programas como ações que vem sendo realizados pelo governo federal e que beneficiam a redução do trabalho infantil. “O Bolsa Família tem um papel gigantesco em distribuição de renda e de inclusão das pessoas na sociedade em especial essas daí [as crianças]. O outro que é fundamental é a política de ampliação da renda interna através do aumento real salário mínimo. Isso aumentou muito o consumo da população consequentemente aumentou a geração de novos empregos e com isso o salário médio brasileiro subiu muito, dando mais qualidade de vida às pessoas evitando então que as pessoas tivessem que ir tão cedo ao mundo do trabalho”, enfatiza.
CONCLUSÕES – Segundo o relatório, o maior número de crianças trabalhando (aproximadamente 78 milhões) está nas regiões da Ásia e do Pacífico, no entanto na África subsaariana segue sendo a região com a mais alta incidência (21%) de trabalho infantil. O relatório conclui também que as taxas mais elevadas estão nos países mais pobres.
Desde 2000, o trabalho infantil de meninas reduziu 40%. Já o de meninos 25%. E é a agricultura o setor onde há mais crianças trabalhando (59% do total ou 98 milhões). Porém os setores de serviços (54 milhões) e indústria (12 milhões) não podem ser desdenhados, aponta o relatório. (Da Agência Notícias PR)