Emoção marca entrega de títulos de cidadania

Emoção e agradecimento são as expressões que definem a intensidade da noite de sexta-feira (30) em Paranavaí, marcando a entrega de homenagens ao jornalista Euclides Bogoni e ao presidente da Assembleia Legislativa, deputado Valdir Rossoni.
Bogoni recebeu o Título de Cidadão Honorário do Paraná. Já Valdir Rossoni foi homenageado com o Título de Cidadão Honorário de Paranavaí.
A cerimônia que marcou a entrega das honrarias aconteceu no Teatro Municipal Doutor Altino Afonso Costa e contou com a participação de centenas de autoridades, lideranças, além de convidados de todo o Estado e de outras regiões do país.
O jornalista Euclides Bogoni optou pela simplicidade, marca da sua vida em quase 60 anos de trabalho na direção do Diário do Noroeste.
Para ele, o título é um momento tão especial que não pode ser medido. Dividiu o mérito da conquista com a família e funcionários do DN. Também falou da generosidade dos deputados, citando Antonio Teruo Kato e Fernando Scanavaca, autores da proposição, aprovada por unanimidade pela Assembleia.
Bogoni é, nas palavras dos proponentes, referência em jornalismo, dedicação às causas paranistas e trabalho no interior do Estado. O DN é o segundo jornal do interior mais antigo no Paraná. Tem o diferencial de nunca ter mudado a direção, ou seja, é administrado por Bogoni há quase 60 anos (fundado em 23 de outubro de 1955).  
#IMG02Ao receber o Título de Cidadão de Paranavaí, o presidente da Assembleia Legislativa, Valdir Rossoni, fez questão de ressaltar a importância da homenagem que recebeu. Embora seja cidadão honorário de diversas cidades, aponta que Paranavaí tem um gosto especial.
Na sua avaliação, o título é fruto da boa vontade paranavaiense. Sobre a Unespar, apontou que a decisão pela sede da reitoria foi técnica, com base em avalições feitas por profissionais da educação superior.  
Conforme as autoridades paranavaienses, a homenagem é um reconhecimento ao trabalho do parlamentar, fundamental em conquistas determinantes, dentre as quais, a reitoria da Unespar – Universidade Estadual do Paraná. A trajetória política de Rossoni foi lembrada como um diferencial. Na vida política do parlamentar, funções de destaque, dentre elas, prefeito da cidade de Bituruna e deputado estadual por seis vezes consecutivas.
AUTORIDADES DESTACAM HOMENAGEADOS – Os homenageados – Euclides Bogoni e Valdir Rossoni – foram destacados por autoridades participantes da sessão solene.
O prefeito de Paranavaí, Rogério Lorenzetti, lembrou que Bogoni tem uma história de dedicação às causas da região Noroeste. Sua trajetória se confunde com a história de Paranavaí, avalia, complementando que o jornalismo desempenhado há 60 anos por Bogoni é, antes de tudo, uma paixão. “O Diário do Noroeste é um patrimônio da região e a vida do Euclides um exemplo para todos nós”, sintetizou.
Autor da proposta do Título de Cidadão de Paranavaí para Valdir Rossoni, o prefeito Lorenzetti destaca o apoio obtido na vinda da reitoria da Unespar para Paranavaí. No seu entendimento, uma conquista que revela o desprendimento do parlamentar, que, mesmo com prejuízo político na sua região, defendeu as causas do Noroeste. Rossoni justifica que a decisão foi baseada estrategicamente, pensando no desenvolvimento do Paraná por inteiro.
Rogério Lorenzetti citou que grandes nomes se encontram pelas boas causas, pontuando que Rossoni e Bogoni empunharam a bandeira da Unespar no Noroeste. Também ressaltou a trajetória política de Rossoni, um diferencial que mostra aprovação popular.
As grandes bandeiras regionais foram igualmente o centro do discurso do deputado estadual Teruo Kato. Ele citou a carreira de Bogoni no jornalismo e envolvimento em entidades comunitárias. Na definição do parlamentar, Bogoni honra a sua terra, praticando jornalismo de qualidade com ética e bondade. Sobre Rossoni, igualmente apontou o desprendimento, quando da união de forças pela implantação da reitoria da Unespar em Paranavaí.
O presidente da Câmara de Vereadores de Paranavaí, Mohamad Ismaili (radialista Mohamad Soumailli), sintetizou que Paranavaí se sente duplamente feliz por homenagear Bogoni e Rossoni simultaneamente. O vereador citou conquistas importantes para o Paraná no mandato de Rossoni na Assembleia, incluindo o fim do 14º e 15º salários e a economia superior a R$ 400 milhões, devolvidos aos cofres do Governo para obras que melhoram a vida das pessoas.
Ele lembrou que a classe política recebe críticas, nem sempre justas, mas que as homenagens são estímulos para que continuem a trabalhar. Sobre Bogoni, fez menção à família e a trajetória de trabalho que resultou numa empresa de comunicação referência – Diário do Noroeste.  

#IMG03Sessão foi muito prestigiada
A cerimônia foi prestigiada por autoridades de todo o Estado, dentre as quais, destacam-se: Marcelo Cattani – secretário de Comunicação Social do Paraná, representante do governador Beto Richa; José Foglia Júnior – diretor do Fórum da Comarca, representante do presidente do Tribunal de Justiça do Estado, desembargador Guilherme Luiz Gomes; Dom Geremias Steinmetz – bispo da Diocese de Paranavaí; deputado federal Osmar Serraglio; deputados estaduais Cleiton Kielse, Jonas Guimarães e Fernando Scanavaca; José Maria Pereira Fernandes – presidente da Amunpar; vereadores Antônio Alves, José Galvão, Claudemir Barini, Josival Moreira, Zenaide Borges, Leonildo Martins e Walter dos Reis.

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Adendo
Gostaria de registrar o momento histórico que precedeu nossa migração para o Paraná.
A imigração italiana para o Sul do Brasil constou também da família Bogoni, que foi radicada em área de terra agricultável do Estado do Rio Grande do Sul.
Com o passar do tempo o crescimento populacional fez pressão para que as pessoas procurassem terras desocupadas.
Os da segunda geração dos imigrantes italianos já seguiram para o oeste catarinense, entre eles nosso pai, Ângelo Bogoni.
O Governo Getúlio Vargas incentivou a ocupação de terras em vazios demográficos, planejando produzir matéria-prima barata para sustentar o polo industrial paulista e futuro consumidor da produção, no progresso.
Nasceu o Norte do Paraná, que logo se transformou na esperança econômica de milhares de pessoas pela valorização das terras e produção da riqueza do café.
O fenômeno se transformou na migração de pessoas de todo o Brasil para o Paraná. A mão de obra se concentrou no trabalho de derrubar a mata e plantação de cafezais.
Os desbravadores precisaram de alimentos importados de outras regiões do país.
Nosso pai, Ângelo Bogoni, começou a trazer, com caminhão, alimentos produzidos no oeste catarinense, para os migrantes do Paraná. Esse comércio, com nossa participação, foi se ampliando, até que a família mudou-se para Alto Paraná, continuando a fornecer alimentos para os trabalhadores.
Elaboramos centenas de contratos, entre proprietários e empreiteiros, para as derrubadas da mata e formação de cafezais.
O impacto da geada de 1955 foi doloroso para a economia regional. A força do café e a esperança da riqueza a curto prazo forçou a monocultura e a derrocada dos cafezais se revelou um desastre, houve desespero e até suicídios. Começou o êxodo rural, os trabalhadores migraram agora para o Mato Grosso e muitos voltaram para seu Estado de origem.
A região pediu um tempo para o progresso, mas não parou. Os novos municípios, quase todos do Noroeste paranaense, passaram anos de dificuldades, principalmente para atender a população, com educação e saúde.
Cidades foram se estruturando, travadas pelo custo social das experiências, da transição das culturas agrícolas de valor econômico e alimentação.
Com o nosso Diário do Noroeste realizamos centenas de reportagens em favor dos municípios que precisavam de recursos para combater a erosão, cujas voçorocas ameaçavam as cidades e assoreava os rios caudatários da represa de Itaipu.
Com o que nos foi possível, ao passar dos dias, ampliamos o trabalho diuturno em favor dos gestores dos municípios, com o objetivo de conseguir melhorias para assistência à saúde, melhorar a educação e aumentar a segurança das pessoas.
O Norte do Paraná foi construído por migrantes – e nós somos parte deles. Fizemos um trabalho dedicado e o Paraná cresceu. O povo do Paraná se desenvolveu em todos os sentidos. Os migrantes se integraram ao Estado, preenchendo os vazios demográficos, implantando o progresso e o desenvolvimento que hoje honra os paranaenses, honra a classe política e governantes.
Com muita honra somos migrantes e paranaenses de coração.
Hoje, graças à benevolência dos senhores deputados, aos quais somos muito agradecidos, nos tornamos paranaenses de papel passado”.
Texto de Euclides Bogoni – Cidadão Honorário do Paraná

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Breve currículo do deputado estadual Valdir Rossoni
Valdir Luiz Rossoni nasceu em Empoçado, Distrito de Palmas, no Centro-Sul do Paraná, em 23 de novembro de 1952. Filho de Cândido e Olga Rossoni, é casado com Susana Rossoni, tem um casal de filhos, Mariana e Rodrigo, e dois netos – João Augusto e Rodrigo.
Formado em Matemática pela Universidade Estadual de Ponta Grossa.
Foi em Bituruna, cidade desmembrada de Palmas, que deu início à vida empresarial, no ramo do agronegócio, e na política.
1978-1982 – Secretário de Administração da Prefeitura daquele município.
1985-1986 – Presidente da Associação dos Municípios Sul Paranaense (Amsulpar).
Mandatos Eletivos:
1983-1989 – Eleito prefeito de Bituruna – PDS
1991-1995 – Eleito para o primeiro mandato de deputado estadual (17.601 votos) – PRN
1995-1999 – Eleito deputado estadual (22.769 votos) – PDT
1999-2003 – Eleito deputado estadual (60.936 votos) – PTB
2003-2007 – Eleito deputado estadual (110.430 votos) – PSDB
2007-2010 – Eleito deputado estadual (71.992 votos) – PSDB
2011-2015 – Eleito para o sexto mandato (64.179 votos) – PSDB
Presidente da Assembleia Legislativa do Paraná – 2011/2014. 

Breve currículo do jornalista Euclides Bogoni
Natural de Videira, Estado de Santa Catarina, nascido aos 28 dias de fevereiro de 1934;
Pais: Maria Miglioranza Bogoni e Ângelo Bogoni;
Casado com Cira Bogoni, tem três filhos: Sérgio, Vladimir e Tânia Mara;
Primeiro emprego nas comunicações na década de 1950 – Paranavaí Jornal;
Chefe da Redação da Folha de Paranavaí em 1954;
Em 23 de outubro funda o jornal “O Noroeste”;
Em 1959, o jornal se torna diário e “batizado” definitivamente Diário do Noroeste, a segunda publicação mais antiga do interior em circulação (primeira é a Folha de Londrina) e a única liderada pelo mesmo diretor desde a fundação.