Empreendedor da construção inova e passa a fabricar as próprias calhas
Com espírito empreendedor Maguelniski decidiu ter fabricação própria de calhas e foi por meio da Fomento Paraná, instituição financeira de desenvolvimento do Governo do Estado, que ele conseguiu um financiamento para comprar uma máquina dobradeira e outra para fazer canos galvanizados (de alumínio e inox).
“Fui até Cascavel, a quatrocentos quilômetros daqui, para achar a máquina que eu precisava. Nunca tinha visto na frente um equipamento assim”, comenta ele. “Se não fosse o financiamento, não tinha comprado a máquina e iniciado o negócio”, completa.
EVOLUÇÃO – O empreendedor passou a divulgar a produção em casas, estabelecimentos comerciais, obras e até em redes sociais. “Fui aos locais para mostrar minha forma de trabalho, que ficou mais ágil e com o acabamento bem feito. Hoje tenho muito serviço”, conta.
Deu tão certo que Maguelniski já comprou mais duas máquinas para adaptar o serviço e ele mesmo montou uma terceira. “Assisti vídeos na internet sobre uma máquina chinesa e fui montando aqui mesmo um equipamento igual ao dos vídeos”, explica.
Os negócios melhoraram e com isso Maguelniski trocou a condição de microempreendedor individual (MEI). Abriu uma microempresa e passou a integrar o Simples Nacional. “Desde que comecei, já contratei mais três pessoas. Agora, administro mais do que coloco a mão na massa”, comemora.
BOM NEGÓCIO – Maguelniski frequentou diversos cursos técnicos, desde formação em bombeiro até gestor público. “Meu negócio não é ser empregado. É trabalhar por conta própria”, diz satisfeito. Um dos cursos em especial ajudou muito na elaboração da nova empreitada: o Bom Negócio Paraná. “Depois do curso aprendi que devo ter controle de todos os gastos e receitas do empreendimento, o que faço na prática hoje”, explica ele.
O empreendedor, que hoje atende os clientes num barracão improvisado na garagem de casa, já traça planos para o futuro. “Assim que quitar o financiamento, vou à Fomento Paraná fazer outro, para construir um barracão para alocar os produtos. A procura é muito grande”, finaliza.
“O Roberto é muito responsável e batalhador. O que faz diferença nele é o espírito empreendedor”, comenta Mirian Simm, agente de crédito da Fomento Paraná. Segundo ela, o crédito é muito importante para os empreendedores de General Carneiro. “É de suma importância, esse dinheiro gera emprego e renda no município, que é de pequeno porte, sem muitos recursos”, afirma Simm.
Baixo custo
Desde 2011, a Fomento Paraná firmou mais de 12,2 mil contratos e liberou R$ 242,4 milhões de reais para apoiar empreendedores da indústria, do comércio e do setor de serviços, além de pequenos agricultores, em todas as regiões do Estado. Desse total, R$ 94 milhões são relativos a contratos de financiamento de microcrédito (operações de até R$ 15 mil).
Podem ser financiados projetos de investimento fixo (obras/reformas, aquisição de móveis, máquinas e equipamentos); capital de giro associado ao projeto principal (mercadorias para revender e matéria-prima para produzir); e uma combinação entre capital fixo e de giro.
Os financiamentos têm prazo de 36 meses para pagamento e possuem as menores taxas de juros do mercado, variando entre 0,61% a 1,17% ao mês. As taxas são menores para empreendedores que apresentam certificados de participação em cursos de capacitação gerencial, como o Bom Negócio Paraná, entre outros, oferecidos por entidades parceiras.