Engenharia aposta em inovação para reduzir acidentes em obras
“Infelizmente a construção civil ainda registra muitos e graves acidentes de trabalho, alguns deles resultam até mesmo em mortes”, ressalta a professora doutora e engenheira civil Luci Mercedes De Mori, do Departamento de Engenharia Civil da Universidade Estadual de Maringá (UEM), acrescentando que os riscos são cíclicos, mudando de acordo com a etapa da obra. Por essa razão, os funcionários têm de ser treinados e acompanhados diariamente.
Em um canteiro de obras, são três os acidentes que têm resultado em consequências mais graves: queda de altura (abrange a queda do trabalhador e objetos que caem sobre ele), choque elétrico e soterramento. Fornecer os equipamentos de proteção individual (EPIs) e preparar o trabalhador para usá-los é de responsabilidade das empresas.
“O engenheiro civil é o profissional que tem conhecimento técnico tanto para intervir no canteiro de trabalho, pelo uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, quanto para inovar por meio de processos e equipamentos que aumentem a segurança do trabalhador”, diz a professora.
Dada sua importância, o tema segurança do trabalho tem uma disciplina específica na grade do curso de graduação de Engenharia Civil. A UEM oferece também uma especialização em engenharia de segurança no trabalho sobre o assunto e incentiva pesquisas em inovação que possam ser adotadas nos canteiros de obras, com benefícios para construtoras e trabalhadores.
O resultado desse trabalho da instituição resultou em premiação no 6ª edição do Prêmio Nacional da Caixa de Projetos Inovadores com Aplicabilidade na Indústria Metalúrgica, Mecânica, Eletrônica, Materiais Elétricos e Construção Civil.
O projeto "Sistema de proteção contra queda de colaboradores para trabalhos em altura na execução de estruturas em concreto armado moldadas no local" ficou com o 2º lugar. A autoria é do engenheiro civil e mestre em Engenharia Urbana Hugo Sefrian Peinado e do engenheiro mecânico Marcos Sefrian Peinado, que foram orientados pela professora Luci.
O projeto premiado contempla um guarda-corpo que proporciona vantagens em relação aos comumente utilizados nas obras.
De acordo com os autores do projeto, embora o mercado ofereça uma variedade de sistemas de guarda-corpo, durante a fase de montagem da armadura e travamento da forma na estrutura os profissionais ficam sem proteção adequada, porque a fixação do guarda-corpo acontece somente depois dessas etapas por falta de sistemas adequados.
Nesse caso, foram desenvolvidos garfos metálicos reutilizáveis, pois se adaptam a diversos tamanhos de vigas de periferia, e que deverão, necessariamente, ser utilizados desde o início da produção da estrutura.
O sistema desenvolvido contribui também para o travamento de vigas e, em função de ser apoiado na escora metálica, evita-se danos à durabilidade da estrutura, porque sua aplicação não exige furos na estrutura depois de concretada para fixação de guarda-corpo.
Antes da finalização do projeto, o garfo metálico precisou passar por alguns ajustes após testes realizados no canteiro de obras. Outra preocupação dos engenheiros foi em relação ao peso do equipamento. Trinta funcionários testaram o garfo e foram unânimes ao afirmar que a estrutura metálica não pesa muito mais do que o garfo de madeira. (Fonte: Textual Comunicação)
Em um canteiro de obras, são três os acidentes que têm resultado em consequências mais graves: queda de altura (abrange a queda do trabalhador e objetos que caem sobre ele), choque elétrico e soterramento. Fornecer os equipamentos de proteção individual (EPIs) e preparar o trabalhador para usá-los é de responsabilidade das empresas.
“O engenheiro civil é o profissional que tem conhecimento técnico tanto para intervir no canteiro de trabalho, pelo uso de equipamentos de proteção individual e coletiva, quanto para inovar por meio de processos e equipamentos que aumentem a segurança do trabalhador”, diz a professora.
Dada sua importância, o tema segurança do trabalho tem uma disciplina específica na grade do curso de graduação de Engenharia Civil. A UEM oferece também uma especialização em engenharia de segurança no trabalho sobre o assunto e incentiva pesquisas em inovação que possam ser adotadas nos canteiros de obras, com benefícios para construtoras e trabalhadores.
O resultado desse trabalho da instituição resultou em premiação no 6ª edição do Prêmio Nacional da Caixa de Projetos Inovadores com Aplicabilidade na Indústria Metalúrgica, Mecânica, Eletrônica, Materiais Elétricos e Construção Civil.
O projeto "Sistema de proteção contra queda de colaboradores para trabalhos em altura na execução de estruturas em concreto armado moldadas no local" ficou com o 2º lugar. A autoria é do engenheiro civil e mestre em Engenharia Urbana Hugo Sefrian Peinado e do engenheiro mecânico Marcos Sefrian Peinado, que foram orientados pela professora Luci.
O projeto premiado contempla um guarda-corpo que proporciona vantagens em relação aos comumente utilizados nas obras.
De acordo com os autores do projeto, embora o mercado ofereça uma variedade de sistemas de guarda-corpo, durante a fase de montagem da armadura e travamento da forma na estrutura os profissionais ficam sem proteção adequada, porque a fixação do guarda-corpo acontece somente depois dessas etapas por falta de sistemas adequados.
Nesse caso, foram desenvolvidos garfos metálicos reutilizáveis, pois se adaptam a diversos tamanhos de vigas de periferia, e que deverão, necessariamente, ser utilizados desde o início da produção da estrutura.
O sistema desenvolvido contribui também para o travamento de vigas e, em função de ser apoiado na escora metálica, evita-se danos à durabilidade da estrutura, porque sua aplicação não exige furos na estrutura depois de concretada para fixação de guarda-corpo.
Antes da finalização do projeto, o garfo metálico precisou passar por alguns ajustes após testes realizados no canteiro de obras. Outra preocupação dos engenheiros foi em relação ao peso do equipamento. Trinta funcionários testaram o garfo e foram unânimes ao afirmar que a estrutura metálica não pesa muito mais do que o garfo de madeira. (Fonte: Textual Comunicação)