Enquanto houver infestação, haverá risco, diz chefe da Vigilância Regional

Os casos de dengue em Paranavaí e região continuam baixos, especialmente levando em conta anos anteriores, quando houve epidemias. Mas, a combinação de temperaturas altas e chuvas constantes, bem como índices elevados de infestação pelo mosquito transmissor, exige que o alerta continue ligado.
Até o momento são sete casos confirmados de dengue, sendo quatro em Paranavaí, três deles importados, ou seja, o paciente chegou a cidade já com o vírus. Outros municípios com casos são Amaporã com um e Santa Isabel do Ivaí com dois registros.
Num total de 249 notificações de casos suspeitos, 68 pacientes ainda aguardam resultados de exames do Lacen – Laboratório Central do Estado. Outros 174 já foram descartados.
Enquanto houver infestação, haverá risco, resume o chefe da Vigilância Regional, Walter Sordi Júnior. No Noroeste do Paraná apenas Jardim Olinda tem índice inferior ao tolerável pelo Ministério da Saúde e OMS (Organização Mundial de Saúde), que é de 1%. A cidade apresenta levantamento 0,5% de infestação.
NÚMEROS – Há locais em que o índice está próximo de 1%, como é o caso de Mirador (1,4%), Paraíso do Norte (1,8%), Santa Cruz de Monte Castelo (1,3%), Santa Mônica (1,1%) e São Carlos do Ivaí (1,3%). São classificados como baixo risco para uma epidemia.
Alto Paraná, Guairaçá, Marilena, Paranapoema, Paranavaí, Santa Isabel do Ivaí, São Pedro do Paraná, Tamboara e Terra Rica registraram entre 2% e 3,9% de infestação por Aedes aegypti, com risco médio.
Municípios que ficaram acima dos 4% são de alto risco. Os casos mais graves estão em Amaporã (12,87%), Diamante do Norte (7%), Loanda (6,9%), São João do Caiuá (5,7%) e Nova Londrina (5,6%).

MONITORAMENTO FEBRE AMARELA
Também o trabalho e monitoramento em relação à febre amarela continua em toda a região. O chefe da Vigilância em Saúde da 14ª Regional, Walter Sordi Júnior, explica que diariamente são feitas observações especialmente em Porto Rico e no trajeto entre Querência do Norte e Jardim Olinda. 
A orientação é recolher amostras de qualquer macaco encontrado morto, ainda que acidentalmente. Isso porque os macacos são também vítimas da febre amarela e servem de alerta para o homem. Importante reforçar que macacos não transmitem a doença, mas, a exemplo dos seres humanos, são suscetíveis a ela.
Além desse esquema constante de verificação, também as unidades básicas de saúde, equipes de endemias e agentes de saúde são orientados a registrar qualquer caso de morte de macacos.
Foram recolhidas nos últimos meses pelo menos oito amostras, detalha Sordi Júnior, todos com resultado negativo até o momento. Também não há casos de pessoas, mas apenas uma investigação, já descartada no início deste ano.