Entre vaias e aplausos, Dilma condena tortura e cita sua experiência
BRASÍLIA – Entre vaias e aplausos, a presidente Dilma Rousseff citou sua experiência durante a ditadura militar para condenar ontem a prática de tortura. Ela discursou durante a 19ª edição do Prêmio de Direitos Humanos, em Brasília, em clima de tensão entre militantes do setor.
"Eu, que experimentei a tortura, sei o que ela significa de desrespeito à mais elementar condição de humanidade de uma pessoa. Estamos determinados a mudar este quadro", disse Dilma, num dos poucos momentos em que sua fala não foi eclipsada pelos gritos dos presentes.
"Apesar de termos ratificado a convenção das Nações Unidas contra a tortura (…) é necessário reconhecer que a tortura continua", disse.
Dilma e seus ministros foram recebidos pela plateia entre aplausos e vaias. Um grupo de ativistas que se diz contra homenagens às autoridades presentes dirigiu vaias à presidente e a ministros presentes quando subiram ao palco, enquanto outros a aplaudiam e gritavam seu nome.
Outro grupo, de mascarados, chegou a ser detido pelos seguranças locais com cartazes. Depois, cerca de 20 manifestantes portando papéis contra a Polícia Militar teve a entrada limitada, mas, ao início da solenidade, foi liberado.
Ao longo da fala da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), que condenou a prática "de qualquer ato violento", esse último grupo dirigiu vaias ao seu discurso. Depois, na fala da presidente, voltou a gritar palavras de ordem contra a polícia.
Não houve qualquer tipo de agressão aos manifestantes nem intervenção de Dilma durante o seu discurso, mas a saia-justa enfrentada pela presidente e por seus ministros foi particularmente tensa quando integrantes da plateia começaram a gritar "olê olê olá, Dilma". Mesmo com o som alto, era difícil ouvir as palavras da presidente.
Integrantes do grupo foram questionados pela reportagem, mas evitaram falar. Disseram que estavam junto com pessoas ligadas a Débora Maria da Silva, fundadora do movimento Mães de Maio, composto por familiares de vítimas de violência praticada pelo Estado. Ela foi uma das homenageadas no evento.
Durante a solenidade, Dilma assinou ainda decreto que define diretrizes de prevenção e combate a tortura. O documento cria um comitê de prevenção e combate a tortura e incentiva a implementação de mecanismos contra esse tipo de violência.
"Eu, que experimentei a tortura, sei o que ela significa de desrespeito à mais elementar condição de humanidade de uma pessoa. Estamos determinados a mudar este quadro", disse Dilma, num dos poucos momentos em que sua fala não foi eclipsada pelos gritos dos presentes.
"Apesar de termos ratificado a convenção das Nações Unidas contra a tortura (…) é necessário reconhecer que a tortura continua", disse.
Dilma e seus ministros foram recebidos pela plateia entre aplausos e vaias. Um grupo de ativistas que se diz contra homenagens às autoridades presentes dirigiu vaias à presidente e a ministros presentes quando subiram ao palco, enquanto outros a aplaudiam e gritavam seu nome.
Outro grupo, de mascarados, chegou a ser detido pelos seguranças locais com cartazes. Depois, cerca de 20 manifestantes portando papéis contra a Polícia Militar teve a entrada limitada, mas, ao início da solenidade, foi liberado.
Ao longo da fala da ministra Maria do Rosário (Direitos Humanos), que condenou a prática "de qualquer ato violento", esse último grupo dirigiu vaias ao seu discurso. Depois, na fala da presidente, voltou a gritar palavras de ordem contra a polícia.
Não houve qualquer tipo de agressão aos manifestantes nem intervenção de Dilma durante o seu discurso, mas a saia-justa enfrentada pela presidente e por seus ministros foi particularmente tensa quando integrantes da plateia começaram a gritar "olê olê olá, Dilma". Mesmo com o som alto, era difícil ouvir as palavras da presidente.
Integrantes do grupo foram questionados pela reportagem, mas evitaram falar. Disseram que estavam junto com pessoas ligadas a Débora Maria da Silva, fundadora do movimento Mães de Maio, composto por familiares de vítimas de violência praticada pelo Estado. Ela foi uma das homenageadas no evento.
Durante a solenidade, Dilma assinou ainda decreto que define diretrizes de prevenção e combate a tortura. O documento cria um comitê de prevenção e combate a tortura e incentiva a implementação de mecanismos contra esse tipo de violência.