Envolvimento com drogas pode ser motivo de homicídios durante o final de semana

A Polícia Civil está dando prioridade para desvendar os dois homicídios que aconteceram na noite do último sábado em Paranavaí. Em um intervalo de duas horas, foram assassinados os jovens Glauzeir Silvestre de Matos Júnior, 24 anos, e Gregori Dionísio Oliveira, de 25 anos.
As investigações não indicam ligações entre os crimes, porém, o delegado da 8ª Subdivisão Policial (8ª SDP), Osmir Ferreira Neves Junior acredita que há um motivo em comum: o envolvimento com drogas.
A primeira morte aconteceu por volta das 21 horas em um bar localizado no Jardim Ibirapuera. Dois homens chegaram em uma motocicleta preta e um deles desceu armado com um revólver. Teriam perguntado pela vítima, sendo que a mesma se identificou. Matos Junior morreu no local depois que foi atingido por quatro tiros (dois na cabeça, um no pescoço e um numa das axilas).
O SEGUNDO CASO – O segundo homicídio aconteceu às 23h10 em uma lanchonete no Jardim Aeroporto. Oliveira foi alvejado com um tiro no ombro (por trás) e outro à queima roupa em baixo da axila esquerda (esse tiro teria provocado a morte). A vítima foi socorrida pelo Corpo de Bombeiros e encaminhada para a Santa Casa de Paranavaí, onde faleceu.
O delegado Neves Junior afirmou não haver indícios que ligue os dois crimes. No entanto, as duas vítimas eram conhecidas no meio policial. “Ainda é cedo para chegar a uma conclusão. Estamos colhendo informações e o que está ficando claro é que os assassinos estudaram a ação que praticaram”, detalhou o delegado.
ESTATÍSTICA – 14 pessoas já foram assassinadas este ano em Paranavaí. De acordo com o delegado, a maioria dos casos envolve uma disputa por território ou por “desacordo comercial” envolvendo drogas.
Neves Junior explicou que seis homicídios já foram solucionados. Outros três estão praticamente solucionados e aguardam laudos técnicos. Os investigadores estão trabalhando para solucionar outras cinco mortes, entre elas as duas que aconteceram no final de semana.
“Nosso maior problema é a falta de cooperação durante as investigações. É importante que as pessoas nos repassem informações. Garantimos todo o sigilo para que não haja prejuízo nenhum aos informantes”, comentou.