Estatal gastará R$ 11,2 bi para elevar eficiência de campos antigos
A Petrobras aportará US$ 5,6 bilhões (cerca de R$ 11,2 bilhões) na melhoria da eficiência operacional de seus sistemas de produção mais antigos na Bacia de Campos. Pelo menos 31 plataformas, responsáveis por cerca de 25% da produção da Petrobras no Brasil, passarão por modernização. A informação foi dada no início da tarde de ontem pela gerente-executiva de Engenharia de Produção da área de Exploração e Produção da Petrobras, Solange Guedes, durante coletiva para detalhar o Proef (Programa de Aumento da Eficiência Operacional da Bacia de Campos), lançado na última sexta-feira. A decisão de investir na modernização de seus sistemas ocorreu depois que em 2011 o percentual de eficiência da produção na chamada Unidade Operacional da Bacia de Campos (UO-BC) atingiu 71%. O índice ficou bem abaixo da média de todas as bacias maduras da empresa, que é de 92%, e também da produção total da Petrobras, de 86%. A meta do Proef é atingir um índice de 90% em 2016. A Petrobras calcula que o declínio da produção dos campos maduros na Bacia de Campos foi em média de 25 mil barris por dia, a cada ano, nos últimos quatro anos. Embora o declínio seja normal, ele acendeu a luz amarela na Petrobras. A companhia admite que calculou mal a demanda por equipamentos novos nos campos maduros nos idos de 2008 e 2009. O empenho no desenvolvimento do pré-sal, contudo, não foi apontado como o motivo que levou a empresa a dar menos atenção aos campos mais antigos. "Infelizmente não houve planejamento que atendesse à demanda desses campos", disse Solange. "De forma alguma o pré-sal atrapalhou esse planejamento". A maior parte dos US$ 5,6 bilhões não será caracterizada como investimento e sim como custeio da operação, explicou Solange. Apenas US$ 1 bilhão desse total entrou como investimento no plano de negócios para o período de 2012 a 2016. O restante será dividido nos custos da companhia, ano a ano.