Estudantes protestam contra reforma e ocupam Unidade Polo, em Paranavaí
Estudantes ocuparam, na manhã de ontem, o Colégio Estadual Bento Munhoz da Rocha Neto – Unidade Polo, em Paranavaí. Trata-se de um protesto contra a Medida Provisória (MP) 746/2016, do governo Michel Temer que propõe uma série de mudanças para o Ensino Médio.
O objetivo do Governo Federal com a reforma educacional é fomentar a permanência dos alunos em tempo integral nas escolas de todo o país. Ao mesmo tempo em que sugere a retirada de algumas disciplinas da grade curricular (Educação Física, Arte, Sociologia e Filosofia).
Ao anunciar a MP 746, o Governo Federal recebeu duras críticas de comunidades escolares de todo o Brasil. No Paraná não foi diferente: até ontem, pelo menos cem estabelecimentos estaduais de ensino estavam ocupados por alunos.
Nos 21 municípios atendidos pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí, somente os estudantes da Unidade Polo aderiram ao protesto. O território de abrangência do NRE reúne 46 escolas estaduais.
ARGUMENTOS – Integrante do grêmio estudantil, o estudante Guilherme Vaceli, de 14 anos, disse que a ocupação da escola tem o objetivo de “mostrar para o governo que sabemos o que está acontecendo. Estão tirando tudo o que temos”.
Na opinião dele, as mudanças resultariam em prejuízos. “Hoje o ensino é mediano, mas ainda conseguimos disputar com alunos de escolas particulares. Se tirarem essas matérias, o aluno da escola pública será prejudicado”.
Vaceli argumentou que a reforma do Ensino Médio proposta pelo Governo Federal incentiva a procura por estabelecimentos educacionais privados. No entanto, “pessoas de famílias pobres não têm como frequentar essas escolas”.
A ocupação da Unidade Polo não tem prazo para terminar. Durante os dias em que estiverem na escola, os estudantes pretendem promover sessões de cinema, com análises e debates sobre cada filme. Outra ideia é conversar com pessoas da comunidade sobre a economia e a política no Brasil.
APP-SINDICATO – A iniciativa de ocupar o estabelecimento de ensino partiu dos alunos. Segundo a secretária da APP-Sindicato de Paranavaí e Região, Elvira Maria Isabel Jaroskevicz, afirmou que a manifestação é legítima e que é uma reação ao retrocesso que a MP representa para a educação.
Na opinião de Elvira, os estudantes têm tanto direito de protestar quanto os professores. “Eles têm livre arbítrio para decidir.” Ela fez questão de explicar que a ocupação nada tem a ver com as deliberações do sindicato que representa os professores e funcionários das escolas estaduais.
SEM CORTES – Assistente de Chefia do Núcleo Regional de Paranavaí, Adélia Paixão garantiu que as disciplinas apontadas pela MP 746 não serão cortadas da grade curricular no Paraná. Segundo ela, cada Estado tem autonomia para decidir.
Por aqui, a ideia é reunir a comunidade escolar e promover avaliações e discussões sobre o assunto. “Vamos analisar as mudanças de forma mais democrática, com a contribuição de todos. O Governo do Estado não se opõe a ouvir a comunidade”, disse Adélia.
Nesta quinta-feira, um seminário será realizado na sede do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí com o intuito de saber quais são as opiniões e as propostas de professores, alunos e pais sobre a reforma do Ensino Médio. Representantes das 46 escolas deverão participar.
Por isso, a orientação é que os estudantes que ocuparam a Unidade Polo leiam a MP 746 e estudem as propostas feitas pelo Governo Federal para o Ensino Médio. Assim, poderão contribuir durante o seminário.
O evento se repetirá em todas as regionais do Paraná. A partir de então, as ideias apresentadas em cada ocasião serão compiladas e servirão como parâmetro para que o Governo do Estado defina de que forma aplicará a reforma do Ensino Médio.
O objetivo do Governo Federal com a reforma educacional é fomentar a permanência dos alunos em tempo integral nas escolas de todo o país. Ao mesmo tempo em que sugere a retirada de algumas disciplinas da grade curricular (Educação Física, Arte, Sociologia e Filosofia).
Ao anunciar a MP 746, o Governo Federal recebeu duras críticas de comunidades escolares de todo o Brasil. No Paraná não foi diferente: até ontem, pelo menos cem estabelecimentos estaduais de ensino estavam ocupados por alunos.
Nos 21 municípios atendidos pelo Núcleo Regional de Educação (NRE) de Paranavaí, somente os estudantes da Unidade Polo aderiram ao protesto. O território de abrangência do NRE reúne 46 escolas estaduais.
ARGUMENTOS – Integrante do grêmio estudantil, o estudante Guilherme Vaceli, de 14 anos, disse que a ocupação da escola tem o objetivo de “mostrar para o governo que sabemos o que está acontecendo. Estão tirando tudo o que temos”.
Na opinião dele, as mudanças resultariam em prejuízos. “Hoje o ensino é mediano, mas ainda conseguimos disputar com alunos de escolas particulares. Se tirarem essas matérias, o aluno da escola pública será prejudicado”.
Vaceli argumentou que a reforma do Ensino Médio proposta pelo Governo Federal incentiva a procura por estabelecimentos educacionais privados. No entanto, “pessoas de famílias pobres não têm como frequentar essas escolas”.
A ocupação da Unidade Polo não tem prazo para terminar. Durante os dias em que estiverem na escola, os estudantes pretendem promover sessões de cinema, com análises e debates sobre cada filme. Outra ideia é conversar com pessoas da comunidade sobre a economia e a política no Brasil.
APP-SINDICATO – A iniciativa de ocupar o estabelecimento de ensino partiu dos alunos. Segundo a secretária da APP-Sindicato de Paranavaí e Região, Elvira Maria Isabel Jaroskevicz, afirmou que a manifestação é legítima e que é uma reação ao retrocesso que a MP representa para a educação.
Na opinião de Elvira, os estudantes têm tanto direito de protestar quanto os professores. “Eles têm livre arbítrio para decidir.” Ela fez questão de explicar que a ocupação nada tem a ver com as deliberações do sindicato que representa os professores e funcionários das escolas estaduais.
SEM CORTES – Assistente de Chefia do Núcleo Regional de Paranavaí, Adélia Paixão garantiu que as disciplinas apontadas pela MP 746 não serão cortadas da grade curricular no Paraná. Segundo ela, cada Estado tem autonomia para decidir.
Por aqui, a ideia é reunir a comunidade escolar e promover avaliações e discussões sobre o assunto. “Vamos analisar as mudanças de forma mais democrática, com a contribuição de todos. O Governo do Estado não se opõe a ouvir a comunidade”, disse Adélia.
Nesta quinta-feira, um seminário será realizado na sede do Núcleo Regional de Educação de Paranavaí com o intuito de saber quais são as opiniões e as propostas de professores, alunos e pais sobre a reforma do Ensino Médio. Representantes das 46 escolas deverão participar.
Por isso, a orientação é que os estudantes que ocuparam a Unidade Polo leiam a MP 746 e estudem as propostas feitas pelo Governo Federal para o Ensino Médio. Assim, poderão contribuir durante o seminário.
O evento se repetirá em todas as regionais do Paraná. A partir de então, as ideias apresentadas em cada ocasião serão compiladas e servirão como parâmetro para que o Governo do Estado defina de que forma aplicará a reforma do Ensino Médio.
GOVERNO
A Secretaria de Educação do Paraná afirmou que respeita o direito de manifestação dos estudantes, mas julga que a mobilização é desnecessária. "No Paraná o assunto [da reforma no ensino médio] está sendo amplamente debatido com a comunidade escolar, por meio de atividades nas escolas e seminários previstos para o dia 13 deste mês. Além disso, as ocupações atrapalham os estudos dos alunos que querem frequentar as aulas", afirmou a pasta.
A secretaria afirma que o governo deve entrar com pedidos de reintegração de posse nas escolas ocupadas.