Ex-supervisor, Marquinhos diz ter “tirado dinheiro do bolso”
Ao confirmar o nome do novo supervisor (Maurício Pereira) do Atlético de Paranavaí, o investidor André Astorga teceu críticas ao diretor anterior, atribuindo a saída de Marquinhos Paraná a problemas de conduta.
Em entrevista ao Diário do Noroeste, publicada dia 3/5, André Astorga disse o seguinte: “Quero que Paranavaí saiba que o Marquinhos Paraná não faz mais parte do clube, deixar bem claro que ele não participa de mais nada relacionado ao clube”.
Astorga foi duro nas críticas. “Ele (Marquinhos) teve a oportunidade e em vez de me ajudar só estava atrapalhando. Na cidade estava frequentando bares e aprontando, o dinheiro que era para ser usado no clube estava usando em outras coisas (noitadas). Enfim, não era o profissional que estava a fim de me ajudar” disse André Astorga.
Em contato com o Diário do Noroeste, nessa semana, Marquinhos Paraná refutou todas as afirmações do gestor, dizendo que “colocou dinheiro do bolso” para pagar despesas do clube.
“Por diversas vezes tive de utilizar de recursos próprios para alimentação, viagens e até mesmo pagamento de vales para que os atletas pudessem permanecer no clube. Por diversas vezes o Astorga prometia e não cumpria o que foi acordado com os funcionários do clube”.
O ex-dirigente disse que várias vezes teve de segurar “a corda” para evitar um protesto dos jogadores e funcionários “para poder dar tranquilidade ao Astorga. Por diversas vezes, com jogo de cintura, eu estava conduzindo a situação”, citando “indisposição” dos atletas com a situação no clube.
Marquinhos Paraná, que veio a Paranavaí junto com André Astorga, disse ter sido um bode expiatório. “Reitero que todo recurso adquirido no clube foi utilizado no clube. O gestor se aproveitou de situações minhas, particulares, para ganhar tempo no sentido do não cumprimento de suas obrigações. Ou seja, fui um bode expiatório”, disse Marquinhos, negando ter desviado dinheiro para fins particulares.
“Parabenizo atletas, comissão técnica e funcionários que realmente foram guerreiros. E volto a dizer que futebol tem que ser profissional em sua excelência e não buscar holofotes, usando o trabalho dos outros. A vida segue, necessitava de um direito de resposta. É que a cidade de Paranavaí e torcedores precisavam saber toda verdade. Não deu certo, aliás, se o objetivo for usar as pessoas, o acesso está num caminho bem distante”, finalizou Marquinhos, que pensa em acionar o clube na justiça.