Ex-tesoureiro do PT é vaiado em CPI dos Fundos de Pensão

BRASÍLIA – O ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto ficou calado em depoimento à CPI dos Fundos de Pensão, ontem, e recebeu vaias de um grupo de pensionistas desses fundos que assistiam à sessão.
Vaccari foi convocado para falar sobre suspeitas de tráfico de influência junto a fundos de empresas estatais para desvio de recursos, segundo delações e investigações da Operação Lava Jato. Atualmente ele está preso em Curitiba, sob suspeita de desvios em contratos da Petrobras para abastecer o PT.
Assegurado ao direito de silêncio por um habeas corpus preventivo, o ex-tesoureiro avisou logo em suas considerações iniciais: "Agradeço a oportunidade do tempo, mas exercerei o meu direito de ficar calado".
Vaccari foi questionado sobre as suspeitas de desvios nos fundos e sua relação com dirigentes dos fundos de pensão, mas não respondeu a nenhuma pergunta.
Também foi criticado pelos parlamentares. "Seu silêncio representa presunção de culpa", afirmou o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB).
JAQUES WAGNER – O presidente da CPI adiantou que colocará em votação no próximo dia 16, após o Carnaval, requerimentos para convocação do ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, e do ex-presidente da OAS Léo Pinheiro.
O motivo dos requerimentos são as trocas de mensagens entre Wagner e Pinheiro na qual o empreiteiro pede ajuda a Wagner, à época governador da Bahia, para liberação de recursos da Funcef (fundo de pensão da Caixa Econômica Federal).