Faleceu aos 92 anos, Halim Maaraoui, ex-prefeito de Nova Londrina
O ex-prefeito da cidade de Nova Londrina, Halim Maaraoui, faleceu na última quinta-feira (24), em Brasília, aos 92 anos de idade. O município está de luto.
Nascido no Líbano, em 15 de maio de 1922, naturalizado brasileiro, filho de Sarkis e Nagibe Maaraoui, o pioneiro, comerciante e ex-prefeito de Nova Londrina era casado com Olga Gemis Maaraoui, com quem teve quatro filhos: Damia, Sérgio, Carlos Antonio e Edson.
Halim Maaraoui esteve à frente da administração municipal no período de 31/01/1969 a 29/04/1969, sendo eleito na votação realizada em 15 de novembro de 1968.
Em 30 de abril de 1969, devido a sanções políticas vigentes durante a ditadura militar, Halim, teve a suspensão de direitos políticos e cassação de mandato. Com a saída de Halim, quem assumiu a prefeitura foi o seu vice, Oscar Tomazoni, pelo período de 03/05/1969 a 03/08/1969. De 04/08/1969 a 30/01/1971 o município foi governado pelo Interventor Federal, Sauer Salum (já falecido).
No ano de 2000, a Câmara dos Deputados editou o livro Atos Institucionais: sanções políticas, de Paulo Affonso Martins de Oliveira, com os nomes de todos os punidos naquele contexto, a ditadura, chamada de “Revolução”. Mais de 4.800 pessoas sofreram sanções, uma delas de Nova Londrina, Halim Maaraoui.
Na apresentação deste livro (Atos Institucionais), Michel Temer (na época, deputado federal), dizia que “a relação de nomes (atingidos pelas sanções) é uma prova material dos excessos políticos do regime de 64, um testemunho da intolerância, que fica como referencial para a presente e futuras gerações de brasileiros.
À luz da História, contudo, há que se reconhecer, explicitamente, com consciência plena de valores absolutos de democracia e de cidadania, que decisões adotadas com a cassação do mandato, suspensão dos direitos políticos, aposentadoria, reforma e banimento, provenientes de Atos Institucionais elaborados e vigentes no período de 1964 a 1969, durante o regime militar no Brasil, que atingiu milhares de pessoas por todo o Brasil, e HALIM em Nova Londrina, foi um grande equivoco, que infelizmente fazia parte da mentalidade daquela época, e como é notório, não se condenou e nem se condena as pessoas por ela. Hoje vivemos em um estado democrático de direito e antes não.
Em decorrência deste lastimável período da história do nosso país, em 13 de dezembro de 2002, Halim Maaraoui foi declarado anistiado político, por meio de portaria do Ministro de Estado da Justiça, concedendo-lhe uma reparação econômica, de caráter indenizatório, pelos anos em que ele teve seus direitos políticos suspensos e cassação de mandato”.
O jeito acolhedor e de bem com todos e com o mundo era a forma de Halim Maaraoui viver, muito querido no município e na região destacou-se sempre por não abandonar a atividade de comerciante e seus ideais.
O tempo passou, e mesmo morando distante de Nova Londrina, Halim sempre manteve vivo o amor que sentia pela comunidade. Em 30 de julho de 2010, em resposta a um e-mail de Euclides Kerntopf, atual assessor de imprensa da prefeitura, Halim Maaraoui revelou de forma afável o seu amor por Nova Londrina e pelo seu povo, assim se expressando:
“Nova Londrina imprimiu em minha vida marcas indeléveis, filhos, amigos, lições de vida, saudades enternecidas desse povo amigo e querido”. Halim Maaraoui.
Nascido no Líbano, em 15 de maio de 1922, naturalizado brasileiro, filho de Sarkis e Nagibe Maaraoui, o pioneiro, comerciante e ex-prefeito de Nova Londrina era casado com Olga Gemis Maaraoui, com quem teve quatro filhos: Damia, Sérgio, Carlos Antonio e Edson.
Halim Maaraoui esteve à frente da administração municipal no período de 31/01/1969 a 29/04/1969, sendo eleito na votação realizada em 15 de novembro de 1968.
Em 30 de abril de 1969, devido a sanções políticas vigentes durante a ditadura militar, Halim, teve a suspensão de direitos políticos e cassação de mandato. Com a saída de Halim, quem assumiu a prefeitura foi o seu vice, Oscar Tomazoni, pelo período de 03/05/1969 a 03/08/1969. De 04/08/1969 a 30/01/1971 o município foi governado pelo Interventor Federal, Sauer Salum (já falecido).
No ano de 2000, a Câmara dos Deputados editou o livro Atos Institucionais: sanções políticas, de Paulo Affonso Martins de Oliveira, com os nomes de todos os punidos naquele contexto, a ditadura, chamada de “Revolução”. Mais de 4.800 pessoas sofreram sanções, uma delas de Nova Londrina, Halim Maaraoui.
Na apresentação deste livro (Atos Institucionais), Michel Temer (na época, deputado federal), dizia que “a relação de nomes (atingidos pelas sanções) é uma prova material dos excessos políticos do regime de 64, um testemunho da intolerância, que fica como referencial para a presente e futuras gerações de brasileiros.
À luz da História, contudo, há que se reconhecer, explicitamente, com consciência plena de valores absolutos de democracia e de cidadania, que decisões adotadas com a cassação do mandato, suspensão dos direitos políticos, aposentadoria, reforma e banimento, provenientes de Atos Institucionais elaborados e vigentes no período de 1964 a 1969, durante o regime militar no Brasil, que atingiu milhares de pessoas por todo o Brasil, e HALIM em Nova Londrina, foi um grande equivoco, que infelizmente fazia parte da mentalidade daquela época, e como é notório, não se condenou e nem se condena as pessoas por ela. Hoje vivemos em um estado democrático de direito e antes não.
Em decorrência deste lastimável período da história do nosso país, em 13 de dezembro de 2002, Halim Maaraoui foi declarado anistiado político, por meio de portaria do Ministro de Estado da Justiça, concedendo-lhe uma reparação econômica, de caráter indenizatório, pelos anos em que ele teve seus direitos políticos suspensos e cassação de mandato”.
O jeito acolhedor e de bem com todos e com o mundo era a forma de Halim Maaraoui viver, muito querido no município e na região destacou-se sempre por não abandonar a atividade de comerciante e seus ideais.
O tempo passou, e mesmo morando distante de Nova Londrina, Halim sempre manteve vivo o amor que sentia pela comunidade. Em 30 de julho de 2010, em resposta a um e-mail de Euclides Kerntopf, atual assessor de imprensa da prefeitura, Halim Maaraoui revelou de forma afável o seu amor por Nova Londrina e pelo seu povo, assim se expressando:
“Nova Londrina imprimiu em minha vida marcas indeléveis, filhos, amigos, lições de vida, saudades enternecidas desse povo amigo e querido”. Halim Maaraoui.