Falha humana é principal linha da investigação sobre a morte do ministro Teori Zavascki
Brasília (ANBr) – Falha humana é a principal linha de investigação sobre a morte do ministro Teori Zavascki, segundo relato parcial sobre as investigações da morte do primeiro relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF). O documento foi apresentado ontem pelo diretor-geral da Polícia Federal (PF), Fernando Segovia, à presidente da Corte, ministra Cármen Lúcia. Zavascki morreu na queda de um avião nos arredores de Paraty (RJ) há um ano.
Segundo o delegado responsável pelo caso, Rubens Maleiner, a principal linha de investigação leva a crer em falha humana nas manobras de aproximação da aeronave da pista de pouso em Paraty. Ele disse que todas as perícias indicam não ter havido sabotagem contra a aeronave.
“A possibilidade de um ato intencional contra aquele voo foi bastante explorada, com diversos exames periciais e atos investigatórios, e nenhum elemento nesse sentido foi encontrado. Pelo contrário, os elementos que atingimos até agora, todos conduzem a um desfecho não intencional e trágico, infelizmente”, disse Maleiner.
Maleiner explicou que não há prazo para a conclusão definitiva das investigações, mas adiantou que está próximo de terminar os trabalhos. “A investigação está em curso, sempre importante relembrar isso, qualquer coisa que nós digamos aqui é provisório, pode eventualmente ser modificado, mas está em estágio bastante avançado.”
Foram abertas três investigações sobre morte de Teori Zavascki, uma pela Força Aérea Brasileira (FAB), outra pelo Ministério Público Federal (MPF) e a terceira pela Polícia Federal (PF). Nenhuma foi concluída até o momento. O avião bimotor transportava Teori Zavascki e mais quatro pessoas, incluindo o piloto. Todos os ocupantes morreram.