Faltam espaços públicos e incentivos para artistas se apresentarem em Paranavaí
“Queremos fazer eventos culturais sem correr o risco de receber processo, mas não temos incentivo do poder público e falta patrocínio”. O desabafo é de Evandro dos Santos de Paula, baixista da banda Retaliação, de Paranavaí.
No começo do mês, um evento musical organizado por músicos da cidade precisou ser interrompido. O Hardcore Metal Union Festival, com bandas de rock pesado, incomodou a vizinhança do local onde estava sendo realizado. A Polícia Militar foi acionada e proibiu a continuação das apresentações.
Essa não foi a primeira vez que músicos de Paranavaí tiveram de parar de tocar por causa de intervenções policiais motivadas por reclamações. “Existem bandas e artistas bons, mas encontram barreiras”, lamentou Santos de Paula. A solução tem sido buscar espaço em outras cidades.
O presidente da Fundação Cultural, Amauri Martinelli, afirmou que existem análises para saber se a construção de uma concha acústica na Praça dos Pioneiros é viável. No entanto, não é possível determinar se a obra será executada.
Para Martinelli, seria uma alternativa à falta de locais apropriados para a realização de eventos musicais e outras manifestações artísticas. Por enquanto, não existem espaços públicos específicos para festivais e reuniões de músicos independentes.
Exemplo disso é o FutRock, tradicional evento organizado por artistas da cidade: bandas se enfrentam em partidas de futebol e fazem apresentações ao longo do torneio.
No final de semana passado, mais uma edição seria realizada em uma chácara de Paranavaí, mesmo local em que Hardcore Metal Union Festival foi interrompido. A intervenção policial naquela ocasião foi um dos motivos para o FutRock ser transferido para um local mais afastado.
Ao lado da chácara onde o evento seria realizado existe outro espaço em que as pessoas se reúnem para ouvir músicos e bandas da cidade. Geralmente, as apresentações são nos finais de semana e atraem pessoas de diferentes estilos e idades. Mas as reclamações de pessoas que moram por ali têm sido cada vez mais frequentes, o que dificulta a organização dos eventos musicais.
ALTERNATIVAS – De acordo com o presidente da Fundação Cultural de Paranavaí, a Administração Municipal tem investido em ações de fortalecimento da classe artística e das manifestações culturais. Ele citou a Virada Cultural e as oficinas livres desenvolvidas em diferentes bairros da cidade.
As aulas gratuitas, no entanto, são destinadas a crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade. Apesar do grande alcance – são mais de 2.000 alunos participando de 25 modalidades -, as oficinas livres têm como objetivo despertar o gosto pela arte e não configuram eventos culturais abertos para toda a comunidade.
Na avaliação de Martinelli, a revitalização da Praça dos Pioneiros (e a construção da concha acústica) seria uma alternativa interessante para a falta de espaços públicos com essa finalidade. O Parque Ouro Branco seria outro local apropriado, mas ainda não dispõe de estrutura e segurança adequadas.
ABORDAGENS POLICIAIS – Enquanto as reuniões musicais ficam restritas a poucos locais, na maioria das vezes, espaços privados, muitas pessoas optam por se encontrar em praças públicas e nas calçadas de avenidas da cidade.
Compostos por adolescentes e jovens, esses grupos geralmente apreciam som automotivo. Os encontros ocorrem nos finais de semana (sábados à noite e domingos à tarde) e têm chamado a atenção da Polícia Militar.
De acordo com o comandante do 8º Batalhão de Paranavaí, major Ademar Carlos Paschoal, as abordagens são feitas principalmente quando há reclamações de vizinho. Mas também podem ocorrer durante as rondas policiais.
Ele explicou que as ações têm sido constantes, para evitar que menores de idade consumam bebidas alcoólicas, reduzir a quantidade de casos de agressões e proibir o uso de drogas ilícitas. “As abordagens são feitas quando há contravenções ou crime de perturbação do sossego”, destacou Paschoal.
O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar informou que a diferença entre eventos oficiais e reuniões independentes tem cunho legal. Shows em locais públicos requerem licenças e autorizações, enquanto os encontros e outras apresentações artísticas ocorrem de forma voluntária, sem alvarás.
Mesmo assim, afirmou Paschoal, quando os eventos independentes são realizados de maneira adequada, dentro das especificações e exigências da lei, não há problemas.
No começo do mês, um evento musical organizado por músicos da cidade precisou ser interrompido. O Hardcore Metal Union Festival, com bandas de rock pesado, incomodou a vizinhança do local onde estava sendo realizado. A Polícia Militar foi acionada e proibiu a continuação das apresentações.
Essa não foi a primeira vez que músicos de Paranavaí tiveram de parar de tocar por causa de intervenções policiais motivadas por reclamações. “Existem bandas e artistas bons, mas encontram barreiras”, lamentou Santos de Paula. A solução tem sido buscar espaço em outras cidades.
O presidente da Fundação Cultural, Amauri Martinelli, afirmou que existem análises para saber se a construção de uma concha acústica na Praça dos Pioneiros é viável. No entanto, não é possível determinar se a obra será executada.
Para Martinelli, seria uma alternativa à falta de locais apropriados para a realização de eventos musicais e outras manifestações artísticas. Por enquanto, não existem espaços públicos específicos para festivais e reuniões de músicos independentes.
Exemplo disso é o FutRock, tradicional evento organizado por artistas da cidade: bandas se enfrentam em partidas de futebol e fazem apresentações ao longo do torneio.
No final de semana passado, mais uma edição seria realizada em uma chácara de Paranavaí, mesmo local em que Hardcore Metal Union Festival foi interrompido. A intervenção policial naquela ocasião foi um dos motivos para o FutRock ser transferido para um local mais afastado.
Ao lado da chácara onde o evento seria realizado existe outro espaço em que as pessoas se reúnem para ouvir músicos e bandas da cidade. Geralmente, as apresentações são nos finais de semana e atraem pessoas de diferentes estilos e idades. Mas as reclamações de pessoas que moram por ali têm sido cada vez mais frequentes, o que dificulta a organização dos eventos musicais.
ALTERNATIVAS – De acordo com o presidente da Fundação Cultural de Paranavaí, a Administração Municipal tem investido em ações de fortalecimento da classe artística e das manifestações culturais. Ele citou a Virada Cultural e as oficinas livres desenvolvidas em diferentes bairros da cidade.
As aulas gratuitas, no entanto, são destinadas a crianças e adolescentes de 7 a 14 anos de idade. Apesar do grande alcance – são mais de 2.000 alunos participando de 25 modalidades -, as oficinas livres têm como objetivo despertar o gosto pela arte e não configuram eventos culturais abertos para toda a comunidade.
Na avaliação de Martinelli, a revitalização da Praça dos Pioneiros (e a construção da concha acústica) seria uma alternativa interessante para a falta de espaços públicos com essa finalidade. O Parque Ouro Branco seria outro local apropriado, mas ainda não dispõe de estrutura e segurança adequadas.
ABORDAGENS POLICIAIS – Enquanto as reuniões musicais ficam restritas a poucos locais, na maioria das vezes, espaços privados, muitas pessoas optam por se encontrar em praças públicas e nas calçadas de avenidas da cidade.
Compostos por adolescentes e jovens, esses grupos geralmente apreciam som automotivo. Os encontros ocorrem nos finais de semana (sábados à noite e domingos à tarde) e têm chamado a atenção da Polícia Militar.
De acordo com o comandante do 8º Batalhão de Paranavaí, major Ademar Carlos Paschoal, as abordagens são feitas principalmente quando há reclamações de vizinho. Mas também podem ocorrer durante as rondas policiais.
Ele explicou que as ações têm sido constantes, para evitar que menores de idade consumam bebidas alcoólicas, reduzir a quantidade de casos de agressões e proibir o uso de drogas ilícitas. “As abordagens são feitas quando há contravenções ou crime de perturbação do sossego”, destacou Paschoal.
O comandante do 8º Batalhão de Polícia Militar informou que a diferença entre eventos oficiais e reuniões independentes tem cunho legal. Shows em locais públicos requerem licenças e autorizações, enquanto os encontros e outras apresentações artísticas ocorrem de forma voluntária, sem alvarás.
Mesmo assim, afirmou Paschoal, quando os eventos independentes são realizados de maneira adequada, dentro das especificações e exigências da lei, não há problemas.