Fé de segunda mão

“Se eu não vir nas suas mãos o sinal dos cravos, e ali não puser o dedo, e não puser a mão no seu lado, de modo algum acreditarei” (Jo 20:15).
Tomé teve de ver por si mesmo. Ele não estava disposto a aceitar a palavra de ninguém mais que Jesus estava vivo.
Esse tipo de dúvida pode ser criativa. Com muita frequência, nossa fé é de segunda mão, baseada em experiências de outros. Não possuímos uma fé dinâmica porque jamais experimentamos o Senhor vivo. É preciso que sejamos capazes de dizer com os samaritanos, aos quais testemunhou a mulher junto ao poço a respeito de Cristo: “Já agora não é pelo que disseste que nós cremos; mas porque nós mesmos temos ouvido e sabemos que este é verdadeiramente o Salvador do mundo”.
A história de Tomé revela mais do que a luta de alguém que duvidava. Revela a batalha do amor de Cristo, que procura penetrar a barreira da resistência humana. Nessa história confronta-nos o espantoso amor de Cristo. Uma coisa é aceitar e amar um homem segundo nossos próprios padrões; algo muito diferente é estamos dispostos a amar de acordo com os padrões d’Ele. Tomé assentou as regras. Ele creria somente se as suas pressuposições fossem satisfeitas.
Nossa primeira reação teria sido dizer: “Escute aqui, Tomé, quem é que você pensa que é, fazendo uma exigência dessas?” Mas não foi isso o que Jesus disse. Ele deixa Tomé em paz por oito dias – dias de angústia, dúvidas e interrogações. Ao voltar, Jesus amou o discípulo deprimido o suficiente para oferecer-se sem reservas a fim de que ele cresse. Ele se preocupava profundamente por Tomé. Se o tocar Suas mãos marcadas pelos cravos e pôr as mãos no Seu lado ajudasse o discípulo, Jesus estava pronto e disposto.
Tomé não se conteve. Ele sabia o quanto Jesus o amava. Sua resposta foi de amor e lealdade. Ele clamou: “Senhor meu e Deus meu”!
E você? O que é preciso para convencer-te completamente? (Lloyd Ogilvie)