Femup 2017 deixa boas lembranças
Entre os dias 12 e 18 deste mês, a Fundação Cultural de Paranavaí realizou o 52º Festival de Música e Poesia de Paranavaí (Femup). O evento trouxe a Paranavaí dezenas de artistas de várias regiões do Brasil.
O festival reuniu músicos e escritores do Paraná, São Paulo, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio Grande do Norte, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Santa Catarina e Ceará, informa a presidente da Fundação Cultural, Rosi Sanga. Ao longo de sete dias, o Femup ofereceu bastante diversidade em forma de arte à população.
Fizeram parte da programação a 2ª Feira dos Bateras, um concerto especial da Orquestra de Sopros Paranavaí, Femupiando – Um Bate-Papo Sobre a História do Femup, Sarau Cidade Poesia, 6º Femupinho, leituras dramáticas, bate-papo com autores e as duas noites de gala do estival.
Além da boa participação do público, principalmente nas duas noites de gala, a comissão organizadora do festival comemorou o fato de que a maioria dos premiados veio a Paranavaí prestigiar o evento. “Mais uma vez, isso mostra que eles realmente valorizam o nosso festival”, declara Rosi.
Um dos artistas que participou do 52º Femup, e que vem se destacando no festival há oito anos, é o escritor Éder Rodrigues, de Belo Horizonte, Minas Gerais. Premiado nas categorias poesia e contos na edição deste ano, Rodrigues afirmou durante bate-papo com autores no último sábado que já se sente em casa.
“O Femup é um dos mais tradicionais eventos literários do país. Gratidão por estar mais este ano com todos vocês. A poesia é a nossa arma. O encontro: o nosso jeito de atirar”, declarou.
Uma das boas surpresas do festival foi a escritora Maria Luzia Martins Villela, de Araçatuba, São Paulo, que, aos 86 anos, fez questão de vir a Paranavaí buscar o seu prêmio na categoria contos.
Depois de receber o troféu Barriguda, o escritor gaúcho Álvaro Santi subiu ao palco para dizer que foi uma grande honra participar do Femup, e que espera ter a oportunidade de voltar mais vezes.
Entre os músicos, os elogios ao festival também foram unânimes. Novos e já conhecidos rostos ajudaram a abrilhantar as duas noites de gala marcadas por canções tão diversas, mas ao mesmo tempo tão brasileiras.
Para quem veio a Paranavaí pela primeira vez a surpresa maior foi saber que o Femup chegou a 52 edições, uma raridade reconhecida até mesmo entre aqueles que percorrem o Brasil o ano todo participando de festivais. O que ajudou a comprovar que o público realmente aprovou mais esta edição do Femup foi o silêncio durante as apresentações.
As declamações, apresentadas por jovens das mais diferentes formações, também emocionou o público e os autores que subiram ao palco para “trocarem Barrigudas” com os declamadores.
“Cumprimos o nosso papel não apenas enquanto comissão organizadora, mas também como artistas, já que o Femup é feito por artistas. Já temos a missão de buscar melhorar ainda mais na próxima edição”, enfatiza Rosi Sanga. (Por David Arioch, da Fundação Cultural)