Fila para ver decisão já dura 6 dias

BELO HORIZONTE – Vestida com roupinha do Atlético-MG, a pequena Tainá, de três meses, é a "garantia” de seus pais para a compra de ingressos para o jogo de volta da final da Libertadores-2013, na semana que vem, em Belo Horizonte.
A filha do técnico em TV a cabo Marcos Santos, 30, e da cuidadora de idosos Maria Martins, 31, garante atendimento prioritário na fila que já dura seis dias em frente à sede administrativa do Atlético-MG. Os ingressos para a partida contra o Olímpia-PAR, porém, ainda nem começaram a ser vendidos.
"Posso até perder meu emprego, não importa. Pelo Galo vale”, diz o pai, que desde quinta não trabalha. A mãe, em licença maternidade, vai para casa com a filha à noite.
A fila comum já ocupa três quarteirões. Os primeiros são Maria Aparecida Gonçalves da Silva, 40, que trabalha em um buffet, e a desempregada Fernanda Jaqueline Pereira, 24, grávida de quatro meses.
Elas dizem ter chegado às 18h da última quarta-feira, antes até do jogo da semifinal que classificou o Atlético.
Os ingressos ainda não estão à venda porque o time tenta convencer a Conmebol a marcar o jogo para o Independência, que tem capacidade para 23 mil torcedores.
Como a entidade exige que a final ocorra numa arena com no mínimo 40 mil lugares, a opção seria jogar no Mineirão, onde cabem 62 mil.
O presidente do clube, Alexandre Kalil, afirma que o estádio do Olímpia também não comporta 40 mil torcedores e exige tratamento igual.
Apesar da empolgação, o cansaço já toma conta de alguns fãs. "O Kalil tem que resolver isso logo”, reclama o cobrador Jonas Ferreira, 32.para