Fim da piracema impulsiona venda de iscas e artigos para pescaria
Ontem foi o primeiro dia de pesca liberada após quatro meses de piracema. Foi dia de quem vende iscas e artigos de pescaria retomar as vendas.
Na empresa de Neide Oenning, em Paranavaí, o movimento de clientes teve início na terça-feira (28), um dia antes do fim das restrições para a prática da atividade nos rios. A empresária contou que muitos pescadores seguiram em direção às cidades ribeirinhas, esperando pela chegada da quarta-feira (1º).
As vendas continuaram durante a madrugada. Por ser um estabelecimento que funciona 24 horas, recebe consumidores em diferentes momentos do dia. Ontem, as vendas começaram por volta das 4 horas.
De acordo com Neide, as iscas mais procuradas são caranguejos, minhocas e lambaris. Morenitas também têm saída, mas o fluxo maior de vendas ocorre em setembro, na temporada de pesca de dourados.
A empresária afirmou que durante a piracema, a comercialização de iscas é bem restrita. No entanto, com a liberação da pesca, o movimento de clientes chega a crescer 90%.
REGRAS – Mesmo com a liberação da pescaria, há regras. Pescadores amadores podem retirar até 10 quilos de peixes, mais um exemplar. Admite-se o uso de linha de mão, caniço simples e vara com molinete ou carretilha. As redes são proibidas. Também é obrigatório ter a licença para pesca amadora.
No caso dos profissionais, é necessário ter todos os apetrechos de pesca lacrados pelo IAP e devidamente identificados com o nome do pescador. Além disso, as redes devem ser mantidas a 100 metros de distância uma da outra.
De acordo com Mauro Braga, chefe regional do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), não é permitido pescar nos pontos em que diferentes rios se encontram com o Paraná e o Paranapanema. A atividade só pode ser praticada a partir de 500 metros de distância. Em Diamante do Norte, outra especificidade: para pescar é preciso estar a mais de 100 metros da barragem.