Fim da violência contra mulheres é tema de passeata em Paranavaí

Hoje, tem passeata pelo fim da violência contra mulheres. A mobilização terá início às 8h30, na Praça dos Pioneiros, em Paranavaí. Os objetivos são chamar a atenção para os crescentes casos de agressões sofridas pela população feminina e fazer um apelo para que a situação seja resolvida.
A caminhada seguirá pela Rua Getúlio Vargas, até a frente da prefeitura. Lá, autoridades farão pronunciamentos e avaliarão os problemas enfrentados pelas mulheres.
A ação é alusiva ao Dia Internacional da Não-Violência contra a Mulher, comemorado em 25 de novembro. A data também motivou integrantes da rede de proteção a participarem da sessão da Câmara de Vereadores, na noite de ontem, para falarem sobre o assunto.
A rede de proteção é composta por entidades civis e governamentais. Uma delas é o Conselho Municipal dos Direitos da Mulher (CMDM), presidido por Maria Inez Barboza Marques, que também coordena o Núcleo Maria da Penha (Numape), da Universidade Estadual do Paraná (Unespar).
Também fazem parte os Centros de Referência Especializados de Assistência Social (Creas), a Delegacia da Mulher, a Polícia Militar e o Centro de Estudos de Direitos Humanos (CEDH), da Unespar.
NUMAPE – Em janeiro deste ano, uma equipe multidisciplinar iniciou atendimentos no campus da Unespar de Paranavaí. O público-alvo é formado por mulheres vítimas de violência encaminhadas pelos demais organismos que compõem a rede de proteção à população feminina.
De acordo com a professora Maria Inez, a equipe do Numape já contabilizou 204 atendimentos sociais, 208 psicológicos e 194 jurídicos. Além disso, totaliza 32 ações ajuizadas e acordos homologados. Ao longo de 2018, o grupo ofereceu assistência a 70 mulheres.
ORIENTAÇÕES – A delegada da Mulher de Paranavaí explicou o que as vítimas de violência devem fazer, para garantir que o autor da agressão seja punido. As orientações também são no sentido de promover a proteção dessas mulheres.
O primeiro passo é procurar a Delegacia da Mulher para “noticiar o fato mediante registro do boletim de ocorrência”, informou Fernanda Bertoco Mello. Em seguida, será formalizado o pedido de medidas protetivas de urgência.
“Em situações de flagrante delito, o ideal é acionar a Polícia Militar, para que o autor da violência seja conduzido à Delegacia de Polícia e seja efetuada sua prisão”, destacou a delegada da Mulher de Paranavaí.