Fiman 2018 terá presença de empresas da Ásia, da África, da Europa e dos EUA
A próxima edição da Feira Internacional da Mandioca (Fiman), marcada para os dias 20 a 22 de novembro, em Paranavaí, deverá ter a presença de representantes de países da Ásia. Já há contatos bem avançados com empresas da China, do Japão, da Tailândia, da Indonésia e de Singapura, entre outros.
A informação foi repassada na manhã de ontem, durante reunião da comissão organizadora do evento, pelo diretor executivo da Combo Action (empresa que está organizando e comercializando os espaços na feira), Guilherme Rasera.
A segunda edição da Fiman será promovida pela Associação Comercial e Empresarial de Paranavaí (Aciap), em parceria com a Administração Municipal (através da Secretaria de Desenvolvimento Econômico), a Sociedade Rural do Noroeste do Paraná (SRNP), o Sindicato Rural de Paranavaí e o Centro Tecnológico da Mandioca (Cetem).
O Sindicato das Indústrias de Mandioca do Paraná (Simp) e a Associação Brasileira de Produtores de Amido de Mandioca (Abam), que promoveram a primeira edição, serão agora apoiadores institucionais.
Segundo Rasera, a área internacional da Fiman já mantém contatos também com possíveis expositores e visitantes dos Estados Unidos e da Europa (França e Inglaterra) e também do continente africano (Congo e Nigéria, por exemplo). Na primeira edição, a África foi o continente com maior presença.
“Os países da Ásia são grandes produtores de amido. Avançaram muito. Até 50 anos atrás não havia mandioca naquele continente. Hoje plantam, transformam a raiz em amido e têm forte interesse no mercado da América do Sul. Vêm conhecer melhor o mercado e já fazer negócios”, explica o presidente da Aciap e da Fiman, Maurício Gehlen.
“Já os africanos precisam importar. São produtores de raiz, mas para consumo humano. Eles não produzem em escala comercial e precisam do amido de mandioca para ampliar as indústrias têxtil, de papel e de celulose, farmacêutica, de cosméticos e petrolífera”, reforçou Gehlen.
Rasera, que participou da reunião acompanhado da coordenadora de produção, Juci Dutra, e de Bárbara Schmider, da área comercial internacional, adiantou que a Apex-Brasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos) e o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços já sinalizaram que vão contribuir na atração de empresas estrangeiras para o evento.
A feira – A Fiman será realizada no Parque de Exposições Costa e Silva e vai reunir a cadeia produtiva das indústrias que utiliza a mandioca como matéria-prima. “Queremos reunir essas indústrias, fornecedores e clientes”, explica Gehlen.
A feira deverá reunir cerca de uma centena de expositores e atrair 5.000 visitantes. A meta é superar o volume de negócios da primeira edição, em 2016, quando foram gerados R$ 50 milhões em negócios durante o evento e iniciadas negociações para outros R$ 50 milhões. “A Fiman é uma feira para integrar as indústrias, trocar experiências, mas principalmente para gerar negócios”, reforçou o presidente da Aciap.
DESENVOLVIMENTO DO SETOR – O setor mandioqueiro tem crescido fortemente. Instituições como a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e o Instituto Agronômico do Paraná atuam para o desenvolvimento de novas variedades e nas técnicas de plantio, visando a aumentar a produtividade e a preservação do solo.
Polo da maior região produtora de mandioca para fins industriais e com um dos maiores parques industriais instalados para o setor, Paranavaí também avança na pesquisa. Recentemente, o campus local do Instituto Federal do Paraná (IFPR) assinou contrato para a construção de um laboratório para pesquisas relacionadas à mandioca. O Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações vai investir R$ 422.554,00 para as obras civis, equipamentos e mobiliários.
Também o Governo do Estado, a Administração Municipal de Paranavaí e a iniciativa privada estão trabalhando para a implantação em Paranavaí do Parque Tecnológico de Agro Inovação (Agro+I), que vai atuar inicialmente nos setores da mandioca e da citricultura. (Ass. Imp. Aciap)