Flamengo rebate críticas por não revelar valores da venda de Paquetá ao Milan
RIO DE JANEIRO – A diretoria do Flamengo confirmou a saída de Lucas Paquetá para o Milan. A venda do meia por um valor abaixo da multa rescisória (50 milhões de euros) provocou problemas no clube, com pedido de investigação da oposição, o que incomodou o presidente Eduardo Bandeira de Mello.
“No futebol mundial vocês vão encontrar pouquíssimas transações com valor total da multa. Até porque não seria negociação. Não dá para ler e ouvir absurdos sobre isso. A transação foi feita por um valor muito próximo da multa, considerado suficiente e atrativo”, disse Mello em entrevista coletiva.
Bandeira de Mello disse que gostaria que Paquetá ficasse mais tempo no Flamengo, mas o foi da vontade do jogador sair da Gávea. “Sempre tentamos prorrogar o contrato dele. Era nosso objetivo dar um aumento substancial e aumentar o valor da multa. Mas o jogador tem o sonho de jogar na Europa. E temos que entender isso”, disse o presidente.
O valor pago pelo time italiano não foi divulgado pela diretoria, o que gerou críticas por parte da oposição. Segundo informações divulgadas nos últimos dias, o negócio foi fechado em torno de 35 milhões de euros, mas o clube brasileiro receberá 24,5 milhões de euros, em quatro parcelas.
"Ideal seria falando tudo, mas, infelizmente, o contrato foi assinado nessas bases, com cláusulas de confidencialidade. Órgão do clube terão acesso porque vão ver o contrato. Qualquer coisa que fizermos, o Flamengo vai estar em primeiro lugar. Algo fora disso, é um absurdo. E vocês podem me cobrar que tão logo vamos falar sobre os detalhes. E aproveito para repelir qualquer insinuação de que eu e o presidente poderíamos ser beneficiados nessa negociação, o que me dá vergonha de participar desse processo", disse o vice-presidente de futebol Ricardo Lomba.
Paquetá já assinou contrato com a equipe rossonera e fará mais nove jogos pelo Flamengo antes de se mudar para a Itália. (com ESPN)