França e Croácia disputam o título hoje
Hoje, às 12 horas, França e Croácia entram em campo pela final da Copa do Mundo da Rússia. O jogo em Moscou deve ser visto em todo o planeta, por bilhões de pessoas.
O torneio mostrou uma mudança no esporte, o que inclui surpresas como os croatas e a Bélgica. Na semifinal, só europeus e uma interrogação sobre o futuro do futebol, especialmente na América do Sul.
O jogo expõe a transpiração croata contra o habilidoso time francês. Os caminhos até a final mostram essa tendência, já que os franceses passaram sem grandes sustos, enquanto os croatas encararam três prorrogações seguidas.
No lado francês um dos desafios é superar o fantasma da Eurocopa 2016, quando, apesar de favoritos, perderam em casa (Stade de France) para Portugal. O trauma é confirmado por Griesmann, o craque do meio-campo.
Ele lembra os desafios em entrevistas nestes dias, citando até um certo "salto alto" que teria havido na Euro. Agora o desafio é vencer, insiste, complementando que a derrota de 2016 dói até hoje.
O atacante Mbappé pode fazer história hoje. Se fizer gol, será o mais jovem (19) anos) a marcar em uma final de copa desde 1957, quando Pelé assombrou o mundo, então com apenas 17 anos. Humilde, ele evita comparações, citando que Pelé está em outro patamar. Ao ser comparado, fala em exagero.
Outro fator importante é que Mbappé não se cansa de elogiar os croatas. Para ele, foi preciso muita força para chegar, o que torna o time adversário de hoje muito perigoso.
O SUCESSO DA CROÁCIA – No lado croata, o técnico Zlatko Dalic assumiu o time há apenas um ano. Neste tempo, "fechou o vestiário", como se diz na linguagem do futebol, ou seja, conseguiu a união do grupo para um objetivo maior: chegar o mais longe possível na Copa da Rússia. Já conseguiu.
Na entrevista coletiva de ontem, o técnico disse que é hora de aproveitar o evento para "mostrar a cara do país ao planeta". Confirma que neste período priorizou a relação com os atletas, conseguindo tirar o melhor de cada um e fazendo funcionar como grupo.
A PRESIDENTE – Em tempos de problemas nos estádios e fora deles por conta do assédio às mulheres na Rússia, a presidente da Croácia, Kolinda Grabar-Kitanovic, se tornou um capítulo à parte. Ela se destaca pela forma empolgada de comemoração, mas também pela serenidade ao cumprimentar chefes de estado ao assistir as partidas, ainda em situação de gol contra a sua equipe.
Internamente, a presidente é acusada de se promover com o evento. Mas, tem no seu currículo uma ligação estreita com o futebol, esporte que praticava na infância.
Também deu bom exemplo ao viajar para a Copa pagando as próprias despesas e em avião comercial, sem contar que teria mandado descontar os dias que eventualmente não trabalhou para acompanhar os jogos.