Função da mulher é ser mãe, diz presidente turco
Em evento sobre os direitos das mulheres, ontem, o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, disse que a função primordial do sexo feminino é a "maternidade".
"Você não pode colocar homens e mulheres em patamar igual. É contra a natureza. […] A maternidade é a posição mais alta. Você não pode explicar isso para feministas. Elas não aceitam a maternidade", declarou.
No lugar da igualdade, o presidente propôs a busca da "equivalência perante a Justiça". Para ele, "a igualdade transforma a vítima em opressor pela força e vice-versa".
Erdogan tentou usar o Alcorão para reforçar sua tese. "O paraíso está aos pés das mães", recitou. "Eu beijaria os pés da minha mãe, porque eles cheiravam como o paraíso", completou.
Apesar disso, afirmou que seu governo sempre apoiou a presença das mulheres na política e na economia.
A afirmação ocorreu em um fórum realizado pela Associação Mulheres e Democracia (Kadem) em Istambul.
No entanto, a opinião foi encarada com naturalidade pelas responsáveis pela organização do evento.
Em entrevista ao jornal "Daily Sabah", a presidente da Kadem disse que a justiça só pode ocorrer "quando os papéis dos homens e das mulheres estão definidos".
Em outras oportunidades, Erdogan já defendeu que as mulheres deveriam ter ao menos três filhos e classificou o aborto de "assassinato".
O presidente Erdogan é conhecido por fazer declarações polêmicas.
Neste mês, disse que os muçulmanos descobriram o continente americano mais de 300 anos antes de Cristóvão Colombo.
gênero e igualdade
Segundo o Fórum Econômico Mundial, a Turquia está na 125ª colocação no ranking de desigualdade entre gêneros (a Islândia está em 1º lugar, como o país mais bem colocado dos 142 pesquisados; o Brasil é o 71º).
As mulheres ocupam 14% das cadeiras do Parlamento turco e 4% dos postos ministeriais.
Elas também respondem por 12% dos cargos de comando em empresas do país.
A situação se reflete nos salários: o valor médio anual recebido pelas mulheres é de US$ 10.501, menos da metade do dos homens, de US$ 26.893.
A discriminação por gênero é proibida por lei no país.
"Você não pode colocar homens e mulheres em patamar igual. É contra a natureza. […] A maternidade é a posição mais alta. Você não pode explicar isso para feministas. Elas não aceitam a maternidade", declarou.
No lugar da igualdade, o presidente propôs a busca da "equivalência perante a Justiça". Para ele, "a igualdade transforma a vítima em opressor pela força e vice-versa".
Erdogan tentou usar o Alcorão para reforçar sua tese. "O paraíso está aos pés das mães", recitou. "Eu beijaria os pés da minha mãe, porque eles cheiravam como o paraíso", completou.
Apesar disso, afirmou que seu governo sempre apoiou a presença das mulheres na política e na economia.
A afirmação ocorreu em um fórum realizado pela Associação Mulheres e Democracia (Kadem) em Istambul.
No entanto, a opinião foi encarada com naturalidade pelas responsáveis pela organização do evento.
Em entrevista ao jornal "Daily Sabah", a presidente da Kadem disse que a justiça só pode ocorrer "quando os papéis dos homens e das mulheres estão definidos".
Em outras oportunidades, Erdogan já defendeu que as mulheres deveriam ter ao menos três filhos e classificou o aborto de "assassinato".
O presidente Erdogan é conhecido por fazer declarações polêmicas.
Neste mês, disse que os muçulmanos descobriram o continente americano mais de 300 anos antes de Cristóvão Colombo.
gênero e igualdade
Segundo o Fórum Econômico Mundial, a Turquia está na 125ª colocação no ranking de desigualdade entre gêneros (a Islândia está em 1º lugar, como o país mais bem colocado dos 142 pesquisados; o Brasil é o 71º).
As mulheres ocupam 14% das cadeiras do Parlamento turco e 4% dos postos ministeriais.
Elas também respondem por 12% dos cargos de comando em empresas do país.
A situação se reflete nos salários: o valor médio anual recebido pelas mulheres é de US$ 10.501, menos da metade do dos homens, de US$ 26.893.
A discriminação por gênero é proibida por lei no país.