Funcionários da ação social utilizam camiseta preta em protesto por melhorias
Funcionários da Secretaria Municipal de Assistência Social de Paranavaí retomaram o movimento por melhorias salariais. Ontem, durante o Seminário Sobre Gêneros, na Unespar/Fafipa, voltaram a usar camisetas pretas com a inscrição “Luto – valorização salarial já”.
Os funcionários não concedem entrevistas individualmente, mas de forma coletiva informaram que são pelo menos 42 servidores – profissionais da assistência social, psicólogos e pedagogos – reivindicando reajuste salarial. Eles pleiteiam reajuste de 40% (ideia defendida já como contraproposta desde agosto de 2013). O pagamento seria de forma escalonada, até abril de 2015.
Os manifestantes entregaram uma carta, na qual narram o histórico dos pleitos desde 2011. As camisetas de protesto foram utilizadas a partir de agosto de 2013.
Eles dizem na carta que deixaram de usar, a pedido do prefeito, que também alegou na época a queda no Fundo de participação (FPM) e de outras receitas como fatores que impediam a concessão de melhorias salariais. Também pesa nesta conta o limite prudencial, ou seja, o teto que a Prefeitura pode gastar com a folha de pagamento.
A mais recente reunião foi na última terça-feira, quando o prefeito Rogério Lorenzetti teria confirmado o repasse referente ao índice que contempla todas as categorias de servidores, por ocasião da data-base, em abril. Conforme os manifestantes, ele teria assumido compromisso de se reunir mais uma vez em setembro deste ano.
Segundo o movimento, o salário inicial do profissional para 40 horas de trabalho semanais é de R$ 2.076,00. Aliás, a carga horária é outro item que querem debater, pois se trataria de jornada não ideal para o ofício. Ainda de acordo com os profissionais, o salário em Paranavaí é menor do que o verificado em cidades de igual porte.
INFORMAÇÕES DA SECRETARIA – A secretária de Ação Social, Marli Bavia, afirmou que o prefeito entende a reivindicação dos servidores e acha justa, porém, não com o percentual apresentado. Ainda assim, reitera que não é possível pagar outra melhoria além do repasse da inflação no mês que vem.
Marli Bavia complementa que o prefeito já se comprometeu a conversar com os servidores a partir da melhoria da arrecadação, pois não pode, neste momento, colocar em risco a administração do município por conta do limite prudencial.
Sobre o uso da camiseta preta, a secretária vê como livre manifestação por descontentamento, legítima na democracia. “É um direito. Eu e o prefeito não temos qualquer restrição”. A secretária atende a reportagem por telefone, pois participa de um encontro de gestores em Porto Alegre.