Gás de cozinha mais caro do Paraná é vendido em Paranavaí

O gás de cozinha vendido em Paranavaí é o mais caro de todo o Paraná. De acordo com a Agência Nacional de Petróleo (ANP), o preço médio do botijão de 13 quilos é R$ 60,60. Em tomada de preços realizada de 3 a 9 de maio, foram encontrados valores que vão de R$ 57 a R$ 65.
A título de comparação, vale a pena apontar o que é pago pelos consumidores de outras cidades do Estado. Entre os preços médios mais altos estão os de Maringá (R$ 58,67), Cascavel (R$ 55) e Cianorte (R$ 54,53). Os mais baixos foram encontrados em Foz do Iguaçu (R$ 38,09), Paranaguá (R$ 40,35) e Toledo (R$ 41,88).
O levantamento da ANP mostra, ainda, a diferença entre o que é praticado pelas revendedoras de Paranavaí e o valor pago por essas empresas às distribuidoras. O botijão de 13 quilos do chamado Gás Liquefeito de Petróleo (GLP), cujo preço médio ao consumidor final é R$ 60,60, é adquirido por R$ 38,50, uma diferença de R$ 22,10.
O empresário paranavaiense Tatinha Avelar questionou a pesquisa da ANP dizendo que a tomada de preços é desatualizada. Segundo ele, nem todas as empresas da cidade são consideradas no levantamento. “Está longe da realidade”, disse.
Ele explicou que a diferença de preços praticados em Paranavaí em relação a outras cidades do mesmo porte está nos valores cobrados pelas distribuidoras. No caso de Cianorte, por exemplo, a pesquisa da ANP indica que as revendedoras pagam de R$ 29,19 a R$ 29,50, ou seja, menos do que as empresas paranavaienses. “Isso reflete no preço final”.
NA REGIÃO – Um consumidor que preferiu não ser identificado disse que é mais vantajoso comprar gás de cozinha em cidades da região. No dia 11 de abril, ele precisou repor um botijão de 13 quilos em casa. Cotou os preços em Paranavaí e em outras cidades. Acabou fazendo a aquisição em Santa Isabel do Ivaí, onde pagou R$ 46.
Pouco tempo depois, precisou comprar novamente. Encontrou o produto sendo vendido por R$ 54 em Tamboara, enquanto em Paranavaí os preços vão até a R$ 65.
A respeito dessa diferença, o empresário Tatinha Avelar pontuou que cidades menores têm menos gastos. Muitas vezes o produto é revendido em supermercados, onde os clientes adquirem outros itens, o que permite reduzir os preços.
A presidente do Sindicato das Empresas de Atacado e Varejo de Gás Liquefeito de Petróleo (Sinegás), Sandra Ruiz, destacou outro motivo: “Em algumas cidades menores existe disputa de mercado entre duas revendedoras. Uma reduz o preço para atrair clientes. A outra faz o mesmo. Assim, chegam a valores menores”.
ICMS – Sandra disse que o preço do gás não aumentou. O que subiu foi o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviço (ICMS), de 12% para 18%. Por enquanto, disse a presidente do Sinegás, não há indicativos de que haverá queda nos preços, somente reajustes.