GOES luta para apoiar portadores de Aids e manter as portas abertas
A principal entidade de apoio aos portadores do HIV/AIDS de Paranavaí, o GOES (Gotas de Esperança) luta diariamente para enfrentar dois problemas: dar um mínimo de dignidade aos cerca de 150 pessoas que atende mensalmente e manter as portas da entidade abertas.
A revelação foi feita pelo presidente Cícero Justino e pela coordenadora Lyndaura Rodrigues aos diretores da Sociedade Rural do Noroeste do Paraná que visitaram a entidade para fazer a entrega de uma doação.
O presidente da Rural, Mario Helio Lourenço de Almeida Filho, e os diretores Lucas de Oliveira, Claudemir Barini, o Irmão Barini, o Jhonatan Douglas da Silva, entregaram ao GOES um cheque de R$ 6.334,50.
O valor é uma parte do que foi arrecadado com o ingresso solidário, cerca de R$ 38 mil, praticado na última edição da Exposição Feira Agropecuária e Industrial de Paranavaí, no mês de março. Parte do valor da entrada era destinado ao programa ingresso solidário, que faz parte do Projeto Rural Social.
Outras cinco entidades também foram contempladas com o mesmo valor. Uma sétima entidade ficou com os alimentos de quem preferiu doar produtos alimentícios em vez de participar do ingresso solidário.
O Projeto Rural Social foi instituído pela atual diretoria, como forma de se aproximar e colaborar com as entidades beneficentes da cidade. Mário Hélio diz que era um sonho seu que a Sociedade Rural adotasse também uma política de responsabilidade social.
“Promovemos o fortalecimento econômico da nossa região através do fomento do agronegócio. Mas precisamos também ajudar no desenvolvimento social”, diz ele
O presidente lembra que “dentro do Projeto Rural Social procuramos dar vários dias de portões abertos. A gente sabe que tem famílias com filhos que não tem condições de pagar para entrar no Parque de Exposições. Este ano, na abertura, bancamos um grande show, com Rionegro e Solimões e cobramos somente o ingresso solidário, que agora está sendo revertido para entidades assistenciais do município”, diz ele.
GOES
A maioria dos atendimentos prestados pelo GOES destina-se a mulheres, na maioria dos casos infectadas pelo próprio marido. Além do apoio psicológico e de assistência social, contribui com alimentação, já que muitas mulheres são as chefes de família.
O recurso que recebe através de convênio da Prefeitura é insuficiente para atender sua demanda. Paga somente os servidores, sem contar com as obrigações trabalhistas. Todo mês têm um déficit de pelo menos R$ 15 mil. “A entidade sobrevive graças a doações como essa”, diz a coordenadora do GOES, cuja clientela maior está na faixa dos 30 aos 60 anos. Tem casos em que uma família de 5 pessoas, três estão infectados.
O serviço de apoio psicológico do Gotas de Esperança procura tirar a pessoa da angústia e revolta e, ainda, dá ocupação através de suas oficinas para aliviar o stress dos pacientes. “Alguns falam em passar a doença para a frente de tanta revolta”, revela Lynda.
Além do GOES estão sendo beneficiados com o Ingresso Solidário, o Lar Vicentino, Creche Santa Terezinha do Menino Jesus, APDE, Sementes de Esperança e Casa da Criança.
A Agepaz ficou com os alimentos: 15 kg arroz, 16 kg feijão, 15 kg açúcar, 12 pct sal, 48 lts leite, 10 fubás, 31 kg farinha trigo, 10 lts óleo, 15 pct macarrão, 7 pctfarinha mandioca e 1 kg café.